quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ode, Ódio, Ode.

Galei a puta.

Tem dias que eu só digo não.

Tem dias que eu não rezo.

Zabelê, Zumbi, Besouro, Cazuza, Vespa fabricando mel.

Aqui, ninguem mais restará depois do sol.

Nasci assim, como o cego ver o mar.

Abrir a porta e apareci.

Lembro que ela disse meio triste.

"Qual terá sido o motivo das nossas almas parar?"

Pos nada ficou no lugar.

Rasgue as minhas cartas, eu ouvi dizer, assim como quem não quer nada, que você é exatamente assim.

Só faltava você.

Tudo na vida passa, eu sei.

Mas já faz tanto tempo, eu não consigo.

O seu andar mora onde ninguem pisa.

Eu quero uma vida em carinhos, bocas de siri.

Se eu demorar mais um pouco aqui, eu vou morrer.

Ah! Eh! Ah! La Belle da jour.

Nas brumas de leves paixões o meu coração bate por alguem, pelo o seu olhar de cigana criança, um olhar agaeteado.

Com uma manga rosa, na carta dizia:

"Tristeza não diz fim, felicidade."

No palco de uma pequena cidade

nos muros, tintas de coração partido.

Pessoas sofrendo em alto relevo.

Eu tive uma crise ontem

Eu gritei, eu me bati dizendo:

Eu preciso escrever! Eu preciso escrever! É mais forte do que eu! Isso é uma lepra!

E depois?

Depois eu chorei.

Oh! A balada triste que me lembra alguem.

Me esqueça.





*A foto foi tirada por Rick Van Pelt, num momento raro, em que eu deixo a puta de lado, e converso com as pessoas civilizadas.

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