quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ho Ho Ho!


Feliz natal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

De volta a estaca zero


Politicos são uns porcos, eles sujam toda mesa quando comem. No dia da minha demissão, pois é - eu fui demitido - nesse dia teve um evento com 150 politicos, e só assim pra essa gente pegar fila. No bufê iguarias diversas, peixe para os politicos... que peixe? Traíra.
"O que tinha aqui? Peixe. Vou colocar mais para o senhor."
Um fila homérica para o rango, com direito a sobremesa e refrigerante por conta da casa.
Quando tudo amenizou e metade deles foram embora, eu fui almoçar, e comi de uma comida tão gostosa que eu pensei: "até parece que esse será o meu ultimo prato."
Comi muito bem, é bem verdade.
O salão estava podre, e nem fodendo eu iria lavar aquele salão sozinho. Adiantei muita coisa sozinho, já que o outro garçom teve que sair cedo.
Depois a filha do dono me chamou e acertou meu ordenado. Disse que eu não precisaria mais voltar.
"Por que? Vocês não gostaram do meu trabalho?"
"Posso ser sincera?"
"Sempre."
"Eu achei você muito parado. O salão tem que está pronto antes das onze horas,"
"Mas o salão sempre esteve pronto antes das onze."
"Eu sei. Mas o rapaz que trabalhava aqui deixava o salão pronto antes das onze, sozinho. Vocês são dois, e não estão rendendo como dois."
"Tudo bem."
"Não fique assim. Ligaremos pra você quando precisar... Algum evento. Manteremos contato."
"Estou bem."

Parado é o kct! É claro que eu chegava no trampo de ressaca algumas vezes, e me colocavam pra enrrolar talheres no guardanapo... e isso é muito chato de fazer, eu mesmo fazia dormindo...
Mas essa é toda uma desculpa.
Restaurante é um nicho de peçonhentos, é um burburinho aqui, uma conspiração, você tem sempre aquela impressão de que sabem mais do que você. Minha mãe me alertou, e eu fiz o que ela mandou, fiquei na minha, sem muita conversa com todo mundo, fiz o meu trabalho, e fiz muito bem.
A conversa não chega na cozinha, mas a cozinha sempre chega no ouvido do chefe. E as cozinheiras e saladeiras são todas cristãs temente a Deus. E numa conversa na hora do almoço quando elas me perguntaram sobre Deus, eu disse que era ateu, e logo me arrependi disso, no mesmo instante saquei que fiz merda, não se pode ser sincero de imediato, as pessoas não estão preparadas para o choque de la farsa.
O que me mata é que foi apenas 3 dias... Porra, É CLARO que eu pegaria o macete, É CLARO que eu iria ficar mais esperto. Derrubei o meu moicano justamente para boa aparência desse trabalho., e só 3 dias...
mas quer saber? Foda-se! A palavra de ordem é desapego!
Arranjo coisa melhor!

********************

E o espetáculo foi sensacional!!!
ninguém esperava que iriamos arrebentar com a boca do balão, pelo contrario, todo mundo imaginava que seria um fiasco.
Mas foi ótimo, tinhamos o publico na mão, estavamos super concentrados e improvisamos diversas situações hilárias.
A iluminação é boa porque ofusca a visão, e desse modo não dar pra ter ideia quem está na plateia. Minha mãe ficou uma paca chorosa quando me viu atuando, chorou muito.
É lindo fazer as pessoas rirem, e quando acaba o espetáculo e você sai e ver aquele aglomerado de gente desconhecida pagando pau pra você e te ostentando... é lindo e maravilhoso, cofia o ego.
Mas eu bem trocava todas essas pessoas pelo punhado de gente que eu convidei e que não foram, os meus, os que seriam importantes para mim sua presença.
Eu amo demais as pessoas, estou sempre aí para elas. Mas agora já deu, cansei. Não entendo quem não entende a palavra re-ci-pro-ci-da-de. Vão se foder!
Eu só sei de uma coisa. Não vou mais jogar confete no carnaval de ninguém.

Filmaram o espetáculo.
Talvez quarta ou quinta colocarão no youtube.
Assim que estiver disponivel, eu lanço aqui.
para aqueles que moram em outro estado e que não puderam vim.

Mas para aquelas pessoas que moram aqui do lado, passagem R$ 3, 20...
Vão se foder!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Post it

O grande problema do momento é não saber como começar e a bossa-nova pra mim é nunca saber a hora de sair.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pra hoje


Escrito no século 19, continua atual em sua crítica política.
O pano de fundo é a visita inesperada de um inspetor que sai da capital para vistoriar uma cidade do interior totalmente corrupta.
As autoridades ficam apavoradas.
Um sujeito folgado (EU) de passagem pela cidade, se aproveita do equivoco
e desfruta dos regalos oferecidas ao "Inspetor".


Muito dinheiro na meia e na cueca é o que vai ter.
E eu quero que dêem mais risada do que deram hoje na estreia de Arlequim - O servidor de 2 amos. de Carlos Goldoni.
E eu quero que erremos menos do que os atores da peça do Arlequim.
Porque... tava foda.
Mas foi massa, eles tinham o publico na mão. Então valeu dizer no palco que esqueceu o texto e trocar os nomes dos personagens.
Ta todo mundo louco ôba, ta todo mundo louco ôba...




PS: hoje é dia de lamber carpete. Ou melhor... de não puxar a cordinha do pára-quedas, porque hoje acordei com vontade de pular do alto de uma ponte, só por diversão.

O outro lado da moeda e a prova de que eu sei me comportar em qualquer lugar.

Depois dos capítulos de horrores no pior bar da cidade onde dei meu auxilio por um longo tempo, eis que me surge um novo emprego, num restaurante finesse.
E com o pior bar da cidade fechado, as putas e travas não lucram mais, os traficantes tiveram que mudar de canal e o pastor da igreja em frente pode gritar em paz, sem a competição da maquina de musica. E a paz voltou a reinar.
Depois que a datafolha anunciou que Camaçari é a 4° cidade mais violenta da Bahia, todo mundo anda me perguntando como é a experiência de morar numa cidade assim... É de dar risada essas perguntas.
Existem lugares e lugares, e eu moro em um bom lugar. Me poupe vai, senta lá...

Lá no restaurante só vai gente fina: politicos corruptos, jornalistas da emprensa marrom, madamas com seus poodles fedidos e crianças mal educadas. É pau viola, trabalho pra dar em doido, e talvez eu perca o emprego somente por prestar muita atenção nas conversas alheias, observo demais as pessoas... e gente... ouço cada coisa... É um olho em Deus e o outro com Satã.
Ouvir de um politico hoje que vai abrir um concurso pra radialista. Não é um máximo??
Nunca vi um concurso desse aqui na 4° cidade mais violenta da BA. E os politicos, sempre em bandos com seus cigarros e seus gims com tônicas... assinando seus contratos importantes e falando da iluminação natalina da praça Montenegro, da 4° cidade mais violenta da BA. Quem teve a ideia da decoração da praça? Eu odeio natal, mas realmente aquela praça está uma pequena París, e ahhh, nesse caso... París é nossa!
E esses politicos sempre em bando com seus oculos escuros e seus conchavos, parecem tanto com os assassinos profissionais do filme reservoir dog de tarantino. eu viajo, é uma fita!
E por que não? quem sabe? Tudo pode acontecer na 4° cidade mais violenta da BA.
E para aqueles bélicos que acham que pote ruim não sobe ao céu tão cedo, aí vai minha letra:

O INSPETOR GERAL - TEXTO DO NICOLAI GOGOL - ÀS 19 HORAS NA CIDADE DO SABER



Ahhh a Cidade do Saber... eu como um bom ouvinte de conversas alheias, ouvi um casal elegante comentar que o espaço da Cidade do Saber é mais agradável do que o TCA.
Sério? Cidade do Saber? 3° Mostra de arte na 4° cidade mais violenta da BA?



Conferir não é para qualquer um.
Só para os intrépidos.
Quem for vai lá. =)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

E ontem ela me escreveu...

Aline, a dona das olheiras esculpidas em 29 sóis de noites bem aproveitadas.

"A gente não se conhece, ao menos no que é carne.
Mas a gente combina em tudo, ou quase tudo.
Ele não gosta de Glauber Rocha.
Do resto sintonia plena, aquarios a frente sempre.
Ele é o canudo da minha carreira.
O pilão do meu bec.
A tônica do meu gim.
A água da minha bala.
O riso do meu doce.
A fantasia do meu carnaval digital.
Na vida real
Ele é um lord, um fofo, um óóóóóóótimo parceiro.
Meninas, sejam gentis.
Sempre."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A tròis - A lua, o sol e o mar.


É cada vez mais lugar-comum falar da instabilidade do tempo, mas é impossivel não falar o quanto está quente esse ano, um calor impraticável que te esbofeteia a cara, o sol ta quase carbonizando. O que acontece hein? Fire in the sky?
Só a praia expulsa o calor que como um demônio ver em você um recipiente para torturas. E foi o que eu fiz ontem, me dei por completo a futilidade de abandonar os estudos e ir para praia, é a futilidade que nos salva, sempre.
Era 4 horas da tarde quando cheguei à praia de Arembepe sozinho, com Camus e o meu bichinho de estimação Nicolai Gogol. Eu prometo escrever aqui (antes da estréia) uma análise minha sobre a minha peça, O Inspetor geral.
O sol não estava mais quente, era uma segunda feira agradável e ao sol, pouquissimas pessoas na praia, apenas os nativos.
As ondas estavam preguiçosissimas, assim como eu. Mal tinha onda, a maré estava baixa, assim como eu. Nos identificamos de imediato. Eu e a praia.
O incrivel é que quando abri o livro do Albert Camus no capitulo em que eu estava, ele narrava exatamente um passeio que o personagem fez em uma praia nos arredores de Argel. A praia do livro era uma cópia da praia onde eu estava, exceto as flores em volta da areia e da mocinha que fazia companhia ao personagem... Mas os rochedos cercando o mar calmo do livro era igual ao da minha realidade.
Os rochedos de Arembepe ficavam no meio do mar e servia como uma fronteira com a linha do horizonte, as pinaúmas, moradoras dos rochedos ficavam escondidas, que bicho esquisito esse.
Haviam casas a beira-mar de gente humilde, olha como Deus é legal! Tem até mesmo uma escola pública em frente a praia.

O sol estava caindo lentamente por entre os coqueirais que balançavam felizes com a sinfonia do vento, a praia toda era um sinal muito óbvio de continuidade, é começar a andar pela praia e de repente se dar conta que está em outra cidade, outro estágio com outras pessoas... e você ainda continua o mesmo... mas o seu coração é outro.
O céu estava limpo, sem nuvens. Só o azul e apenas um rastro de fumaça do foguete que seguia a toda prova ao infinito. Apenas um rastro de uma viagem à lua cheia no céu, que na presença confirmada do sol ao lado oposto, era apenas um espectro.
22 barcos estavam ancorados na beira do mar, dava para brincar de esconde-esconde entre uma nadada e outra. Subi em um deles e fiquei olhando admirando o céu por um longo tempo, até que dormir. E sonhei com a india linda que estava no mesmo ônibus que eu na vinda para Arembepe. Ela falava de um chinês todo tatuado de um filme, por quem ela queria ser morta, ela contava que o namorado dela havia a traído com uma nipônica e que ela queria dar o troco de forma igual... Mas - ela perguntava no meu sonho - "E se na hora do vamos ver o pau do japa for pequeno? Eu não tenho um troço?"
Não dormi nada a noite passada e vou dando esses cochilos espasmódicos em qualquer lugar, em qualquer situação, e abraço o sono, e penso meio mundo de coisas quando estou dormindo, e quando eu acordo tudo fica muito confuso. É estranho, tão estranho que eu não sei explicar, aliás, eu detesto dar explicações.
Mais tarde fui para o teatro ensaiar para o espetáculo. Estamos criando uma nova modalidade no teatro. O teatro B.
As evidências apontam: Baixo orçamento, texto duvidoso, atores sem inspirações nem transpirações em pleno over-acting, atrizes que não topam beijar em cena e diretores-pessoas físicas a esmo com ideias desalinhadas.
Nem mesmo o Teatro do Absurdo é assim. Nem vou falar dessas pessoas, nem do diretor que me parece que não conhece nem um pouco do texto, não tô afim de me chatear. Só quero dizer que eu vou até o fim, mas numa roubada pictures dessa não me meto nunca mais.
Exatamente como a roubada do amigo-secreto que prometi participar do curso de Dpt. Pessoal. Vejam bem, eu só participo dessa merda toda porque, confesso, eu gosto de ganhar presentes, e anuncio deslavadamente o que quero ganhar desde já.
Desse forma separo os livros de auto-ajuda que servem como calço da minha estante de livros e presenteio os outros.

Matronas faladeiras, apenas 3 homens no curso, sendo um deles bixa. Na segunda feira foi o ultimo dia do curso, e as mulheres quiseram confraternizar, e trouxeram refrigerantes suficiente para uma overdose abestalhada e muitos salgadinhos diversos. Pasteis, coxinhas, pão sem manteiga e sucrilhos.. puta que pariu gente, SUCRILHOS KCT! sucrilhos para quem nem desconfia, é aquela merenda que as donas de casa fazem para enganar a fome porque é simples e barato de fazer. Eu odeio SUCRILHOS! e la tinha sucrilhos doces e sucrilhos salgados às pampas.
Eu iria levar um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, só não levei porque faltou água e não tinha uma panela limpa aqui em casa, enfim... levei refrigerante. Fazer o quê?
Não podia levar álcool, mas na sala do curso tinha um barzinho com todo tipo de bebidas, porque era uma sala que funcionava também para reuniões de empresário megalomâniacos. Todo dia eu bebia escondido, e no dia da confraternização enchi a cara de Sakê e roubei um Brandy pra mim.
Agora, se me permitem fazer o que faço de melhor, vou traçar o perfil de algumas pessoas do curso com toda lucidez humana pós-cannabis.
A professora do curso é orkutiana total, uma coroa adolescente, escreveu na louça o endereço do orkut, do msn, da casa dela e o numero de contato para uma ideia firmeza. Vou ligar para professora e dizer o quê?
"Ei proof., o curso foi manêro."
Tinha uma senhora sem noção lá que vivia me pedindo um kg de tomate, um kg de pepino... Ela dizia que um escândalo na hora da morte era digno, fazia bem a saúde, aquilo era os soluços do coração e o que sai junto com os escândalos eram as gases. há há há!
Tinha uma mina que depois que minha prima comentou comigo que ela tinha maior cara de boqueteira... bem, eu não consigo mais olha-la sem imaginar um vigoroso felatio naquela boca murcha de velha. Essa mina trabalha como atendente no bar da mãe dela, e advinhem como é o nome do bar?
Bar Buraco Quente.
Essa mina vive acompanhada com mais duas amigas: uma gordinha simpática e uma outra que vive falando em piroca e biscoitinhos piraquê, essa então fala muito alto e cospe quando fala, ela disse uma vez que quando ver uma pessoa querida na rua protagoniza um maior auê ; pula, grita, beija, faz o cocker spaniel, e finalizou com essa frase que eu uso no meu msn: E DAÍ? EU SOU FELIZ!!!

Ta certa, é isso que importa, ser feliz. Mas um pouquinho de critério é sempre bom. Por ex.: o povo desse curso sempre distorce qualquer assunto que entra na roda, o tipo "ah, comigo aconteceu isso!" ... "já comigo aconteceu assim..." - sobre uma coisa que não tem nada a ver com o inicio da história. Eu comentei na hora do intervalo sobre os escândalos do DEM/PFL, e que a minha peça é mazzomenos sobre essa lavagem de roupa podre da politica, e o povo parece que só ouviu a palavra escândalo, e tome-lhe a falar de escandalo ao ver gente que não via a muito tempo, e tome-lhe a falar de escândalos fratulentos na hora da morte.

É foda, realmente isso é difudê.
Tinha uma pernambucana novinha com um sotaque carregado que passou mal na aula e pronto, descobriu que estava grávida de não sabia quem.
Tinha uma mulata arretada, meu n° e meu alvo durante dias, mas... bem, iriamos para a praia depois da confraternização, mas ela desistiu porque houve um compromisso que apareceu de forma insólita. Mas olha, minha prima me disse que a viu entupindo a bolsa de salgadinhos e de sucrilhos para comer na praia... SUCRILHOS, KCTA!!
Eu yoyomango Brandy, ela yoyomanga sucrilhos.
Tinha uma outra mina bonitinha até, casada, foi meu alvo durante dias, mas... a roça gritava na cara dela, logo se via que era da roça e ela nem precisava abrir a boca. Essa garota no dia da confraternização tirava fotos toscas, segurando a garrafa pet de uma pepsi de 2,5 litros. como uma garota propaganda, e se embrenhava entre as sambaias da sala para tirar fotos.
Sem dizer das fotos clássicas... 15 meninas fazendo tremzinho e exibindo o dedo "paz e amor" moda-cult das orkutianas da baixada que escrevem em cor rosa e purpurina. E ainda queriam que EU entrasse no meio.
Obrigado, não.

No dia do combinado para os preparativos da comemoração eu quebrei o ar condicionado e eu acho que o calor fez todo mundo delirar. Toda hora uma idéia genial, sei lá... penso eu que de repente vão querer alugar uma casa para passarmos juntos o natal, o ano novo e o carnaval. E olha que só foi uma semana de curso.

Fui embora antes do chororô.

*******


Uns amigos meu tem problemas amorosos, todo mundo tem, eu mesmo sou um exú quando amo. Mas um exú raro, desses que nãi ficam de bobeira em qualquer esquina. Ame e dê vexame é o meu lema.
O namorado da Bianca se expulsou dela por incompatibilidade de gênios, é assim que as coisas funcionam, procuramos no outro a novidade, alguém que seja a balança, por isso o ditado "Os opostos se atraem.". Mas chega um momento que não dar mais e o que sobra de tanto amor é apenas o vazio e a redução de estômago psicologica, depois a gente ri disso tudo. Essa é a melhor parte.
Mas a Binaca por hora está triste, e o engraçado é que a saúde da Bianca quase não existe desde terça feira.
O Claudio se apaixonou mais uma vez - um viva pra ele! - só que ele se apaixonou por uma menina cristã temente a Deus again (o ultimo relacionamento dele o deixou em cacos), e Claudio é ateu convicto e dos mais grossos. Ele diz que é perseguição irônica, eu digo pra ele que no fundo no fundo é puro feitiche. É a cara dele medir forças com Deus.

Aline vive uma vida de sexo sem compromisso porque é apaixonada por eunucos que não fodem nem saem de cima. Amanhã - Aline me conta - vai fazer um almoço em sua casa, vai preparar o bote. Mas hoje tudo o que resta pra Aline são iguarias de solteiro: Cream cracker com pasta de atum e maionese.

A situação do desejo... Eu gosto! Posso até não alcançar o objeto desejado, mas só o processo todo ja me agrada.
Eu acho que eu escrevo bem sobre amores que deram certo, mas ultimamente eu não estou podendo escrever por conta de experiência de causa.

O Guilherme Muzulon me acusa de gigante adormecido, ele quer um conto meu ainda esse mês. E eu... ah, eu quero é ir pra Matchu Pichu!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eu confesso

Tenho ética e etiqueta. Até mesmo um canalha tem suas éticas.
Hay de ser canalha, pero sin perder la ternura jamas.
Eu não gosto de tanta cerimônia, deixo para o dono da casa.
TÃO cerimonioso que se contentou em ser o coringa do menage hardcore, TÃO cerimonioso que se masturbou por DEBAIXO do cobertor.
Aos perdedores... abacaxi. Aos vencedores... bacalhau! é muito saboroso!
Pequena criança, grandes problemas.
Peguei o fim da fila pra ficha da vida esplêndida, que se foda! Eu acho que todo mundo - sem restrições - tem um quê de fracasso, todo mundo tem um pé no abismo.

Por ex.: tem gente que não ama e tem gente que não é amado.

Poema punk rockabilly

Eu sou teu lado louco babe
Invocado mas sem se manifestar
Eu sou teu lado louco babe
E esse lado ninguém vai despachar.
Bons tempos de mofo e chá com açucar...

domingo, 29 de novembro de 2009

Puta vidinha mor


Tem dias que falta o interesse e hoje é um dia de supressão, o mundo pode acabar com prévia, eu não vou correr. Estou sem vontade para fazer absolutamente NADA que requer esforço físico, pelo menos por hora.
Só ficar deitado fumando e ouvindo os pálidos do Television.
Desligue o telefone e se prepare para assistir o dia cair e anoitecer entre a vidraça da sua janela, note o quarto se adaptando ao brêu noturno, enxergue no escuro, e quando a musica acabar escute seu coração batendo por nada. Encontre o leitmotiv ideal para levantar e querer preparar aquele café e volte para seu posto cativo em frente ao desfile do tempo.
É isso que eu quero fazer essa noite: ABRIR ALAS PARA O TEMPO.
E tirar um tempo desse tempo especialmente para me lembrar da cor dos seus olhos. Tão azuis que era como se carregasse o firmamento no olhar.








Eu fecho os meus olhos e o que vejo? Eu vejo o céu olhando pra mim.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Glauber Rocha e os Zé Povinhos

Tudo cheira a Glauber Rocha, o youtube mesmo é Glauber Rocha total. O Glauber tinha uma máxima: "Câmera na mão e idéia na cabeça."
Para provar a teoria certeira achei esse curta metragem de um cara muito foda lá de Salvador. Ronaldo Braga é o nome do homem, professor de teatro, diretor, ator, artista plástico e outras cousitas más.









***************************************************

Mas, convenhamos, câmera na mão de zé povinho são as trombetas anunciando o juízo final...
vocês são da mesma opnião?








































É por isso que sou eu contra a inclusão digital.
Este mundo é mesmo uma lástima. Feliz apocalipse pra vocês também.














quinta-feira, 19 de novembro de 2009

The Drones - Jezebel



lobotomia às cegas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Acho que matei um cara...


Talvez ele não tenha morrido, senão a policia ja teria batido aqui em casa. Com certeza ele deve está em sua bela casa se convalescendo, cascavel eriçada na moita. O que difere a cascavel da cobra d´agua é apenas uma dose a mais de veneno.

Eu explico contando a história, vejam se eu não tive razão.

Meu tio que é serralheiro tinha um serviço para fazer numa casa em um bairro chamado Inocop, consertaria uma porta, e eu levei todo o equipamento nescessário para o ajuste de uma porta de chapa.

Defitivamente trabalhar com ferro e solda não é para mim, faço somente pelo dinheiro. Fico divagando com as ferramentas da oficina do meu tio, acho a serralheria um lugar perfeito para uma tortura sádica, e as torturas que eu imagino enquanto finjo trabalhar faria o Calígula chorar.

Geralmente vou mal vestido para o trampo, com camiseta de politicagem, eu estava com uma das antigas do PT que ganhei do meu amigo Lulista, não estava com a minha melhor aparência, confesso, todo sujo de graxa e zarcão. Acabamos o serviço e na saída um obreiro chama meu tio para fazer um orçamento na obra, e eu mais afastado fico sentado na calçado ouvindo rock no mp3, de frente para uma escola abandonada caindo aos pedaços.
Passa um homem na outra calçada, um homem de seus 37 anos, bem vestido com um pedaço de mármore na mão segurando com a ponto dos dedos, e eu pensando: "Coitado, deve ta se cagando todo.."

Depois, questão de alguns minutos, esse mesmo homem volta e atravessa a calçada já me interrogando.


"Você mora nesse bairro é?"


"Não."


"Ta sozinho aqui?"


"Não."


"Ta com quem?"


"Eu tô com meu tio."


"O que é que tem nesse saco?"


"Não é da sua conta."


"Como é que é?"


"Você é surdo? Não é da sua conta, não lhe diz respeito, não é de sua alçada."


"Mas você é muito ousado! Você sabe quem eu sou, seu moleque?"


"Não. Quem você pensa que é?"


"Eu sou da cívil. e eu quero ver o que é que tem nesse saco, quer que eu chame a viatura?"


"Pode chamar. Faça isso, chame a viatura!"


A essa altura o meu tio já havia se aproximado e explicava que estava comigo e que estavamos trabalhando, mas o homem estava puto da vida não sei com o quê, explicou aos berros que estava acontecendo uns arrombamentos no bairro e que ele era da cívil e que tinha todo o direito de saber o que tinha dentro do saco que eu estava na mão, e que eu era um insolente.


"Mas meu senhor, ele é meu sobrinho, o que tem dentro do saco é ferramentas, eu sou serralheiro, estavamos trabalhando naquela casa."

O meu tio, que tem ternura na veia pra dar e vender (quando sóbrio), complacente e benevolente explicava tudo e chegou até a apontar a casa. Mas o cara urrava tanto que suas veias do pescoço inchavam, o verborragico vomitava ultrajes e me xingava de viado pra baixo, e eu pensava: falar merda tudo bem, até mesmo papagaio... mas se tocar em mim o bicho vai pegar!


"Eu não quero saber de nada não meu irmão! Esse filho da puta me desrespeitou! Desrespeitou uma autoridade! Esse vagabundo sem educação!"


"Vagabundo? Eu estava justamente trabalhando, meu senhor! E sem educação aqui é você, eu só respeito quem me respeita, seu mané! Eu sabia lá que você era da cívil? E daí que vc é da cívil? Foda-se, meu pai também é, e daí? A rua é publica e a calçada é dos cães!..."


"Rafa, cala a boca... deixa quieto..." _ Mas o meu sangue já havia esquentado, e eu não estava nem um pouco afim de parecer com aqueles personas humilhados do Dostoievski, não dessa vez.


"Porra nenhuma tio, eu conheço meus direitos e o nome desse espetaculo é abuso de poder..."


"Cala a boca seu viado, seu corninho! Cale essa boca pra eu não arrebentar sua cara! fale aí mais alguma coisa, fale aí pra ver se eu não lhe quebro todo na porrada!"


Nesse momento ele estava muito próximo de mim, tão próximo que eu sentia ele arfando na minha cara, como um touro na arena. E eu inerte estava, imóvel fiquei. De certo modo me sentia preparado para empreitada física.


Meu tio mirou um pedaço de ripa no chão, disse cautelosamente:


"Olha, ele é de menor viu... ele tem 17 anos."


"E daí? Ele poderia ter 10, eu arrembentava ele e não iria dar em nada!"


"17 o caralho, eu tenho 19! Você pode me bater, aí a gente vê no que vai dar."


E ele me acertou um soco bem dado que eu cheguei a cair para trás me escorando na parede imunda da escola deteriorizada, sabe desenho animado que os passarinhos sobrevoam sua cabeça? Foi igual.
Mas foi só o tempo de voltar a sí, levantar do chão e ver o estrupicio comendo no centro, duas figuras bélicas se esmurrando. Meu tio e o valentão.
Sabe de uma coisa? Eu não sou desse tipo... eu não troco socos, não sou nenhum Muhamed Ali, ora porra! nenhum fera do street fighter. Eu apelo logo pra covardia.
Do mesmo modo que meu tio perdeu a ternura e a benevolência, ele perdeu o equilibrio e caiu, e o malvadão civil pau no frasco subiu em cima dele e esmurrou, isso tudo me constrageu a acertar uma martelada na região da cara dele (como um taco de beisebol), não sei bem onde, foi tudo muito efêmero como todas as brigas são. Só sei que ele se estrebuchou no chão.
E quando meu tio e eu partimos na velocidade da fuga, ele já sangrava e muito. E quando a filha dele chorava aos prantos "Acode aqui, acode aqui!" eu já estava há meia duzia de distancia do ocorrido.


Agora vivo apavorado toda vez que batem no portão aqui de casa. E se eu for preso?
*****


Por falar em morte...

A minha vizinha se matou na semana passada, enforcada. Alguns minutos antes do filho chegar do trabalho. Quando o filho chegou encontrou a mãe pendura no telhado toda roxa, e a avó dele no quarto falando sem parar, sabe-se lá desde que horas. A avó dele é maluca, e ela fala o tempo inteiro sem parar, por isso sempre entopem ela de ansioliticos para dormir e aquetar o faixo.

Mas a vizinha não se matou por causa da velha, ela tinha uma auto - imagem distante da realidade, não suportava o fato de morar numa casinha dos fundos. E também porque devia aos potes, só a um cigano ela devia 15 mil reais. E todos sabem que ciganos são os piores agiotas e credores que existe. Esses matam como quem bebe água.


Advinha pra quem a vizinha pediu a escada emprestado?
Oh meu deus, hoje eu choro tanto quanto a Helena da novela...

sábado, 14 de novembro de 2009

O alvo, o diálogo e o coro


Quem saca crime e castigo naturalmente também saca esforço e recompensa, certo?


Fiz uns bicos como ajudante de serralheiro. Não faço muita coisa, fico no auxilio, o serralheiro vai pedindo sem olhar pra você: chave 13... eletrodo... chave 11... troca o disco... liga a maquina de solda... liga a lixadeira... talhadeira... drena... martelo... pinta ali... recolhe as ferramentas... etc...


Recolhe as ferramentas, eu confesso, é a frase que eu mais gosto de escutar, porque quer dizer que o expediente acabou de acabar.


Hoje pintei a bandeira de um portão, levei 3 horas para dar primeira e segunda mão porque a bandeira era gigante, o todo dobro do tempo no banho para tirar todo aquele zarcão e o cheiro de solvente que desconfio, penetra até a alma.


Aí ganho uma grana razoável e vou esquadrinhar diversão, dilacerar alguns corazones_ enquanto o meu se mantêm intacto, enquanto o meu é o que eu tenho de maior e de mais solitário na vida_ dar um salto mortal no mar morto pra ver se dar onda. Ausente de tudo, a vida não tem me convidado para viver, não estou no tal momento em que todo mundo está, pelo contrário, estou sob o signo da monotonia. então... fale com a secretária.
Viajei até a provincia para prestigiar a primeira exposição de fotos de um grande amigo meu, fotos que faria o Sebastião Salgado se condoer.
Fiquei bêbado, pra variar.

E no bar reencontrei um cara gordo de aparência sebosa que é um asco quando está chapado, mas naquele dia ele estava terrivelmente sóbrio, enjoado com seus modos cívicos fajutos, bem vestido de bermuda sport e camiseta de tecido caro. Mesmo com todo esse truque de forte aparato e ainda todo papo frosô de que "oh sim.. a primavera realmente existe, mas não no Brasil, a primavera existe na Europa..."_ ele não conseguia esconder a verdadeira linhagem da qual ele precede, pelo menos não para os meus olhos.

Detesto gabolice, veja bem, repare que quem mais se gaba é quem nada tem, gabolice inventada é o fim dos tempos, um cú cagando na chuva. Detesto certas pessoas, mas sempre me cruzo com elas. Ontem entre umas e outras cervejas, 3 caras falando dos seus cifrões...: "Eu com 19 anos ja era gerente de não sei onde, aos 20 tinha minha pequena fortuna no banco."

e quieto eu fico concatenando myself com expressão Buster keaton na cara, mas na minha cabeça vou eliminando um por um: "Sei... o velho golpe do seguro desemprego, passa uns meses na empresa e pede demissão, não é por isso que você está desempregado agora? As empresas não mais lhe querem! e outra, quero a grana que você me pediu emprestado para pagar o seu curso de dpt. pessoal, tio patinhas."

seguinte!


O mais bêbado, esse mudava toda a expressão falando, como se estivesse relatando um filme de ação: "Reggae pra mim só com MUITA grana, 2 mil só pra gastar em bebida, putas e comida, eu boto pra fuder!"


de mim para comigo mesmo: "Infeliz de quem é triste... não consegue esconder a armagura de ter sido deixado para trás, a sua mulher o trocou por Alan Kardec, o morto-vivo. Beba, meu filho, bebamos à sua desgraça!"

seguinte!


O meu primo, ex cunhado do mais bêbedo: "Eu também já curtir altos reggaes, saca aquele filme Levando a vida adoidado? Perde pra mim, aquilo lá é fichinha... Muito dinheiro viu... Ô bons tempos..."


"Tem que ser esperto, mas você não sabe conservar, leva quem te usa a falência e fica a ver navios ao pular do barco, o que restou disso tudo? Algumas roupas de marca... hoje desempregado e caroneiro das chinfras dos amigos que realmente tem dinheiro. Tamanduá bandeira, pinguço e tio patinhas, eu não tenho nada financeiramente falando, mas sei de algumas coisas. Vocês rigorosamente não sabem de nada!"


Depois de tudo isso, abri a boca, tomei um gole da cerveja e pensei alto: "Embuste e cerveja quente, a noite ta uma merda!"
Cuspi a cerveja e arrotei com desprezo. Eu tenho desprezo ilimitado, desprezo para toda vida.


"A história é a seguinte: um nazista e um judeu. O nazista perguntou para o judeu: Você me despreza? e o judeu respondeu: Se eu pensasse em você, com certeza desprezaria."


O seboso de modos cívicos contava essa história no bar a luz de velas onde estavamos, a luz de velas por causa do apagão, mas eu estava mesmo foi achando hilário uma mulher com um casaco de lã de ovelha negra, que falava sobre um acidente que houve com ela: O carro perdeu o controle e desceu anarquicamente a ribanceira, e ela gritava: "Socorro, meu Deus! Eu não quero morrer!", Entenderam? Ela é a dona do famoso jargão do programa Na mira. ha ha ha! Isso implica uma chateação, ela dizia, esperava ser colocada em mármore no centro de um largo, afinal, o jargão ta na boca do povão. Impressionante como as pessoas são embusteiras quando bebem. Aqui, ali, em todo lugar.
O seboso é casado com uma mulher da high society, mas estava com o amante, um playboy que depena ele sem dó nem piedade; um rapaz jovem, bonito, de olhos esverdeados e a boca rosada de chupador de pica.



não a do seboso,é claro, esse ainda teria muito que penar... isso faz parte do clichê dos michês.


Esse seboso, vamos chama-lo de J. para facilitar a explicação (vamos chama-lo de J. até porque eu não sei o nome dele, sei, mas esqueci. enfim.)


J. estava de olho no garçom metido a engraçadinho da pizzaria cafona em que estavamos, eu estava de boaça na minha mesa falando com a garrafa e com uma mina que também era amiga dele... mas nosso dinheiro estava acabando, então...


O garçom vendia os cigarros dele a unidade por 50 centavos, porque na pizzaria não vendia, e onde vendia era extremamente longe, e porque era Carlton também. A maioria das pessoas sairam desprevinidas e estavam loucas para fumar, e só ele e EU tinha cigarros. O espertalhão tentou lucrar, mas eu quebrei a banca dele destribuindo cigarros pra galera que pedia encarecidamente, mas só para os que encarecidamente pediam.


Ele usava uma calça jeens justa que apertava a bunda grande e avolumava a coisa toda e uma camiseta branca escrita na frente GG e com uma seta apontada para o zíper da calça... Ridiculo.


Ornellas é o dono da pizzaria cafona, quando tudo estava calmo e as pessoas sussurravam notinhas de amor e melancolia ele subia no palco e entoava canções no karaokê,dependia do clima para as musicas, se ele sacava um casal in love, justamente cantava Feeling num inglês primário.


Quando Ornellas abandonava o palco, reversava com alguns poetas. Espera aí, um, dois, três poetas hoje, mas o que é que está acontecendo aqui? Abriram a porta do inferno?
O garçom disse que hoje teria um concurso musical de karaokê e os poetas eram as atrações dos intervalos, alguns fazia stand up, o primeiro ator contou que estava no elevador e soltou um peido, e o pobre que estava também no elevador perguntou: "Rapaz, respeite minha esposa, você não segura não?" e ele respondeu: "Eu não. Você segura?" e o cara disse: "Eu seguro sim." e o moleque encerrou com um peido: "Então segura mais essa". O povo ria de cuspir no chão e babar na mesa. Animado com a animação coletiva subiu mais outro no palco e ficou contando piadas longas, de bichas, de português, de louras, mas ninguém ria, ao contrario, o povo conversava e bebia. Eu só gosto de piadas de humor negro, fora isso nem começe. Finalmente o cara se retirou do palco e o palco ficou vazio por um bom tempo... até o garçom tomar partido do picadeiro, acho que faz parte do trabalho dele chamar atenção, vai saber.

Ele tinha escrito uma poesia uma vez bêbado e tinha decorado para hoje, mas o garçom era meio débil e ficava escorado no banquinho com a boca para o norte e o microfone para o sul, e ainda por cima falando baixo, e o povo gritava: fala mais alto!
Mas esse garçom está mesmo um porre, o que ele ta falando aí? Sobre uma mulher... mmm... buceta... não sei não, eu só ouvi "talvez ela seja uma cadela..." (?!)

Puta, que merda... Bukowski meu amigo, don´t try.


Eu tomei a iniciativo de fuga. "Ok. Vamos dar o fora daqui. Qualquer coisa é melhor do que isso, detesto poesia, poesias sobre vulvas? a não ser que o poeta tenha uma."

E eu, antes dos aplausos, tinha bebido o suficiente para sacanear publicamente um desconhecido: "Ô garça, você vestiu sua camiseta ao contrario rapaz! Essa parte da frente fica atrás!"


E todo mundo riu, e choveu aplausos naquela noite cafona.






terça-feira, 10 de novembro de 2009

Chico Cesar - A primeira vista



Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausencia esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Salif Keita dancei
Quando o olho brilhou entendi
Quando criei asas voei.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Se eu vou escrever tão cedo?



Quizas, quizas, quizas...

sábado, 17 de outubro de 2009

Não se redima

Maggie Taylor



Já tem um tempo que eu não escrevo aqui, um mês me parece. Cabecita de vaca atolada pelo medo da queda.
O tempo nos faz ficar rígidos consigo mesmo e eu sou implacável comigo.
Auto-disciplina é uma coisa que só aprende levando tapa na cara, e eu tô aprendendo com os bons e com os maus, e contudo com os que estam além de todo maniqueísmo demodê.
Crise criativa, todo artista passa por esse inferno. Mas uma temporada no inferno pode até ser bem produtiva, é bom está mais uma vez no inferno e rever os companheiros, do inferno eu tenho entrada e saída franca, mas acreditem, há repetentes que não sobrevivem ao inferno e como castigo ainda continuam por lá.
Uma das coisas que eu aprendi nessa temporada Ultra Street Magic Dreamers ( uma vez ou outra pulando as cancelas dos desenganos e chegando do outro lado) é que ser blasé não passa de preguiça, que a estrada da perdição é ostracismo, que a perfeição nada mais é que apenas um truque e que a unica verdade é a morte.
Eu vou sair dessa rapidinho e ainda vou voltar por cima, de cara limpa e na primeira classe do alto da barca,
de asas novas, porque a minha asa esquerda está quebrada, eu estou falando da minha asa esquerda (vulgo; costela), uma dor exorbitante que me assola, e mais ainda as catarradas de sangue velho pela sarjeta, a insônia e o meu ouvido esquerdo que está parcialmente surdo, tudo isso está anexado no pacote do inferno, aquela bagagem pesada que você tem que carregar com a mão.
A asa da dor... Isso foi quando Deus me chutou do céu.
Isso é o extremo paralelo que se encontra entre o lirismo e a realidade.
Asa e costela, lirismo e realidade.
talvez tudo que eu sou, ou seja.
Ou seja, aonde acaba o lirismo e começa a realidade?
E o vice - versa?
Por hora fico assim, okay? sniper total niilista e o caralho A4, observando tudo e a todos como quem observa a linha do horizonte da mediocridade, entretanto gostando do que vê porque nina os olhos.

sábado, 10 de outubro de 2009

Vazio revelado

Auto retrato


A casa está vazia. O dono não está. Desceu ao porão da vida.







A angustia é o resultado emocional para os que ficam.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A geleia tropical reunida



Ficar embriagado no avião é mesmo uma merda né Bethanea? Ó, fica assim não, todo mundo erra.


::::::::::


PS: Tenho revisitado os discos do Devotos do ódio.
Vão por mim, baixem isso, ta faltando é hardcore:

http://rapidshare.com/files/282401995/D_-_Ago_t_Val.rar

O primeirão cd dos caras, muito difudê.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sarah Vaughan - Whatever Lola Wants



Essa música é um tesão e o clipe é simples e original, no mais: excelente!

A tradução, aqui:


Qualquer coisa que Lola quiser, Lola consegue
E carinha, a pequena Lola quer você
Prepare-se para não ter arrependimentos
Curve-se, entregue-se você está completo

Eu sempre consigo tudo o que eu miro
E seu coração e sua alma é o que eu vim pegar
Qualquer coisa que Lola quer, Lola consegue
Tire seu casaco, você não sabe que não pode vencer?
Você não é uma exceção à regra
Eu sou irresistivel, idiota, admita
(admita, você nunca vencerá)

Qualquer coisa que Lola quiser

Lola consegue.

Sara Vaughan - My funny Valentine







Visceral!!!

Sara Vaughan - Perdido



Eu ficaria mal e choraria mais umas dezenas se eu não soubesse que a vida é feita de ajustes e reajustes, dói em mim saber que quem sai perdendo nessa pós empreitada verbal somos nós. Eu de um lado e vocês do outro, e cada um com o seu quinhão ruim.

Tenho medo que essa mágoa se torne um cancro, um peido velho num organismo vivo.

Perdi um dos meus por erro de interpretação, por má fé quem sabe, falta do que fazer. Mas se existe uma conotação entre eu e os outros, a mais visivel e rísivel é a de fuga, a de escape. Eu sou como uma leitura de feras que lê o texto do espetáculo com entonações notórias, respeitando os pontos e as virgulas, mas com o corpo inerte, impávido, sem nenhum movimento teatral nem de gabolice, porque de teatral em mim só existem as palavras, eu ainda não estou pronto para empreitada física.

Para os meus amigos, Perdido.
Para os meus amigos perdidos.
E como diria o meu amigo Guilherme: O que se perder se perdeu!

Adeus nõninos.

Odeio despedidas!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vestindo a roupa da raposa



Eu já perdi alguns amigos por conta das coisas que eu escrevo, eu não sei... Penso que eu sou honesto demais, e as pessoas parecem não estar preparadas para isso.
É o caso do meu cunhado que só gosta de mim de longe, tão protegido no seu bunker de palmeiras, suco de laranja-lima natural e paredes forradas de papel parede.
Eu sou franco e anônimo como Adão acordando depois de um sono justo.
Alguns confundem honestidade com empáfia, e por isso me chamam de poço fundo.
O poeta - mor quer ver o cambulião mas não quer me ver, porque ele leu toda a estória que eu contei no blog, achou um ultraje, uma falsidade sem tamanho, ele que sempre recomendou minha escrita para outros, ele que nunca publicou nada de ofensivo sobre mim, e etc.
Mas sabe porque ele nunca publicou nada de ofensivo sobre minha pessoa? Simplesmente porque eu nunca dei lugar pra ele fazer isso, porque ele não tem do que falar mal de mim.

Ele e o asshole do seu amigo fez por onde, é claro que me faço uma indagação prévia, me pergunto: Porque zombo? Porque gosto de me refogar nesse molho caricare e gárgulesco?
E quando estou cônscio de que não é por inveja, nem recalque e sim porque a pessoa em questão é um grande babaca que merece ser tirado um sarro, aahhh, eu pego pra Cristo sem piedade, porque o riso liberta do preconceito rígido, e também porque (assim como o meu persona no teatro) eu gosto de ler algumas coisas divertidas quando estou aborrecido. Ora, eu faço troça da minha própria desgraça, porque eu iria poupar os outros?

Enfim, fazer o quê? A sinceridade assim como a ambição ainda não ganharam a patente de virtude.
Ou ganharam e ninguém percebe, ou percebem mas com medo?
Diseuse tupiniquim morre pela boca, um dia eu aprendo de uma vez que com a verdade não se brinca, muito menos com a verdade dos outros.
Mas bem, eu não estou aqui para monopolizar a verdade, eu nem quero_ porque ao contrario do que muitos pensam_ a verdade pesa uma tonelada.


*****

O meu persona no teatro é um verdadeiro malandro, eu estou adorando fazê-lo. Apesar dos ensaios não andar muito bem das pernas, mas enquanto isso estou estudando meu personagem que é um verdadeiro pícaro, e não um pseudo - espertalhão como muitos que existem por aí.
Vou vestir a roupa da raposa, serei meio animal, meio coyote enquanto os outros personagens são seres humanos, o meu criado será um coelho. Partindo desse principio já mostra muito bem que as pessoas gostam mesmo de ser engabeladas, que se você souber vender, elas compram sem hesitar a sua lábia e a sua atitude. Elas querem mesmo é ser engabeladas, é isso aí!
É o que os malandros geralmente fazem, se dão bem e se divertem às custas do mundo.
Não foi a toa que esse personagem foi dado para mim, é claro que por eu ser trickster de nascença ajudou bastante, sempre fui trickster, mas só mais tarde que eu vim me dar conta disso.

E para ilustrar: Roubarei a astúcia do Arlequim de Neil Gaiman com a linguagem figurativa de um macaco trapaceiro, que consegue enganar muito sabiamente o leão e os antílopes, me inspirarei nas miguelagens maldosas do enganador norse, que é Lóki. Nas corajosas atuações de Prometeu, de Hermes e de Mercurio, nos ardis que Exu tem para com suas vítimas, na mitologia Iorubá.

E depois desse escrupuloso laboratório, construirei MAIS UM arquétipo da resistência que é a figura do Malandro e seus truques pelo mundo.

*****

A peça estréia em novembro, mas não tem data marcada ainda.
Eu colo o cartaz aqui. No problems.

Respeito

Um dos principios básicos do ser humano.
Poucos sabem, mas é.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Shakes handes, se divirta, asshole!

Jerry Lewis em seu personagem mais idiota
O meu cunhado saiu para se divertir, e levou consigo uma negra fabulosa, e mais uma trupe de amigos pelintras. Ele foi pra pizzaria, mas disse apenas que iria dar uma volta. Omitiu, temeu dividir a pizza comigo, o otário. Mas veja bem, eu já jantei.
Só queria conversar um pouco, flertar com a negra fabulosa e nada mais. Não tenho amigos aqui.
Mas ele me condena, me subjuga a vida inteira por uma ou duas merdas que fiz.
Eu sou eu e minhas consequências, sou só um ser humano de carne e osso, com defeitos_ que é exatamente o que faz eu estar no mesmo barco que todo mundo.
Já fiz muita merda nessa vida, e não vou parar tão cedo de fazer, a gente nunca pára de fazer merda, o que varia é a intensidade.
Ele disse que eu sou um garoto mau, que se eu fosse pelo menos acessível... ah, que se foda. Quer saber?
Não preciso fazer teste para entrar em grupinho de ninguém, tenho meu próprio elenco de amigos, e pra mim está de bom tamanho.

Antes de sair o acéfalo lançou essa: "Eu gosto de você, mas gosto de você de longe. Pessoalmente você causa muito estrago, é um fiasco "estrabólico"."

Oh, que coisa... Eu sei como funciona.
É sempre mais fácil manter a gentileza com alguém quando esse alguém está em outro hemisfério, a falsidade fica mais convincente.
Ah... Eu não sei como fazer isso. Não sei mesmo.

domingo, 20 de setembro de 2009

Louis Prima - Medley



Por falar em mixórdia, Medley pra hoje ainda.
Agora eu vou lá voltar para churrascada e para as trêtas de familia todo mundo em água.
Bem, eu posso conversar com você e até sorrir enquanto Victor e Léo está berrando no som de duas caixas, contanto que eu esteja com um fone no ouvido.
Salve meu mp3 que me conserva da poluíção sonora e faz da minha vida mixórdia!
E para o domingão Just Gigolo!


L . P., since 57.

sábado, 19 de setembro de 2009

Pra não ser de todo triste - Billy Joel

Afinal, ninguém tem culpa de nada do que se passa comigo e ao meu redor.
Minha mãe está deprimida, eu já falei pra ela que o sofrimento existe para nos motivar a ir parar em algum lugar, a tomar um rumo. Ela não sabe porque sofre, só está se sentindo infeliz. Mandei ela fazer uma varredura nesse sentimento pra ver em que ponto chega, pra ver o que é preciso colocar em quarentena ou simplesmente jogar fora como o que não presta, o que não edifica.

Quero mesmo é examinar, esquadrinhar e dissecar toda minha mágoa, até perder toda graça. Pois é lei da física que o fato de observar muda o objeto sendo observado. Certo?
Forget your troubles and dance, forget your sorrows and dance, not dance for dance.









"Uma boa noite e um bom final de semana pra quem tem grana."

Viciado nela



O dia começa bem e você não quer viver
Porque você não pode acreditar
Porque você sabe os seus truques.





O Iggy Pop é o meu ídalo maior. Adoro essa Iguana.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tudo culpa da nostalgia



Acordei assim hoje, passional latino americano com humor benigno para o amor.
para todos In the mood for love, porque o amor de hoje é a musica dos anos passados, pelo menos pra mim.

Nat King Cole - Nature boy



E para completar o "medley do piano", outro cara que não fica atrás nesse quesito. Inclusive Route 66 é dele. Mas de qualquer forma, eu preferi na versão do Troup.
Agora a tradução de Nature boy, feita pelo meu inglês primário e por ajuda do bussola. Porque merece.


Havia um menino ...

Um menino muito estranho encantado
Dizem que ele vagava muito longe, muito longe
Sobre a terra e o mar
Um pouco tímido e com olhos tristes
Mas muito sábio ele era
E então no dia
Um dia mágico que ele passou no meu caminho
E quando falamos de muitas coisas
Tolos e reis
Isso ele me disse:

A maior coisa que você jamais vai aprender
É simplesmente amar e ser amado em troca ...




Foi o que me disseram um dia, alguém do além - túmulo.

Bobby Troup e sua trupe - Route 66



O Bobby Troup toca piano como se estivesse fazendo qualquer coisa simples e entediante. Fodão.

Não tenho lágrimas



Do meu namesake, Dom Salvador (no piano, é claro) por Bossa Nova do Brasil.

Amanhã é dia...

De pedir desculpas.
Ou não, ainda vou pensar. É muito dificil pedir desculpas porque nunca se sabe como as pessoas vão te receber dessa vez, você nunca sabe se será preciso engrossar novamente para não passar recibo. Até outro dia tinhamos combinado nossas ofensas, mas eu não acredito em ofensas garantidas.
Não me venha com balas de festim, porque a minha munição é pesada e a minha mira ainda continua muito boa.


No teatro dei uma de cavalo do cão achando que tinha Deus no corpo.
Sair porta a fora como um adolescente revoltado, deixando às minhas costas toda marcação de cena, e batir a porta com força para não dizerem por aí que não fazem mais rebeldes como antigamente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O pivô, o protagonista, o antagonista e o coadjuvante.

Eu queria ter o poder do Sarney!





Eu preciso fazer muitas coisas; estudar para o vestibular é uma delas. Eu estou completamente perdido nesse turbilhão de coisa alguma. Não sei o que fazer da minha vida, vai que por um súbito lance de sorte eu passo no vestibular, aí se denserrola mais uma etápa do dilema: que curso cursar? Sei lá. Vai saber. Eu tenho vontade de fazer artes plásticas, mas tenho medo de perder no teste de aptidão, não sou autodidata, muito menos um didata treinado, o livro é apenas uma ferramenta de ensino, estudar com auxilio de um livro que não abre a boca para responder as perguntas mais imbecis é forçar o seu intelecto no escuro, numa parte tranquila longe do alvoroço. "O livro é uma labareda numa terra onde não há ninguém." E tem ainda as pessoas do curso que são super descoladas, ai meu Deus, será que eu aguento? ... Mas isso é o de menos. O demais é que só quero saber de ler livros, e os livros que eu leio infelismente não caem no vestibular, eu tô lendo agora um ótimo do Anthony Burgess, e não é o Laranja Mecânica. Digamos que é um ainda melhor, antigo. O Laranja Mecânica nem cogitava nascer ainda para garantir a estabilidade da familia Burgess.
Okay, preciso me livrar também desse blé que é o esqueminha orkutiano e suas pessoas, preciso me encontrar com gente de verdade, sábado agora vai ter Retrofoguetes no parque da cidade, e é por isso que eu estou guardando o meu caquético punhado de dinheiro no caixa simbolicamente forte, porque eu vou de Retro no domingo. No próximo domingo, vou de Cólera.

Eis que hoje de manhã abro meu email e tem uma mensagem assim:

"VÁ PRO INFERNO. NÃO SABIA QUE VOCÊ ERA HOMOFÓBICO. SEU NAZISTA DE MERDA!"

Eu explico.
Quem mandou foi um poeta, (sempre poetas, ô raça!) ele é meio doente, ele gosta das coisas que eu escrevo pra ele, outro dia descobri uma comunidade qualquer de literatura e o que tinha lá? Todos os scraps que eu mandei pra ele, prostados e postados. Eu tomei um susto, mas depois ri um monte.
Ele é amigo de todos os meus amigos... inclusive, ele não conhece nenhum. Isso é só pra fazer parte dos meus. Esse cara é de São Paulo, tem um livro publicado e tudo, um livro de poesia e prosa poética sobre os clarões amazônicos, sabe lá o quê Deus, que apesar de agnóstico, é entendedor da coisa toda.
Tudo começou quando eu pedi um livro do Albert Camus pra ele, e falamos sobre o Camus, eu disse que achava o Camus genial, que ele escreve tudo o que vivencia, que ele não precisava mentir, que o Camus transcedia a mentira. Que eu gostava do Camus porque parecia que ele tinha descoberto o gosto da merda. E esse cara disse que gosta da minha ingenuidade, que a literatura é pura mentira. Certo, ele não deixa de ter razão.

A verdade é fato, é unica, a verdade vem pronta e não tem enfeites. Já a mentira é inventada, modelada, na mentira há a criatividade pulsante de quem a cria, qualquer mentira é válida porque a verdade é uma só, e como eu já escrevi aqui, por mais que a verdade seja insubstituivel, ela as vezes é apenas irrelevante, e é por isso que existe a mentira. Cada coisa tem o seu oposto, e a mentira é uma arte!
Uma mentira só se torna real quando você passa a acreditar profundamente nela. Mas tudo na vida vem a tona, é nisso que devemos nos preocupar agora.
Esse cara citou uns caras e me perguntou se eu gostava deles, os caras citados foram: Bergman, Beckett e Kafka. Eu só gostava do Bergman, Beckett nunca li, e o Kafka como escritor é um excelente desenhista!
Um amigo dele, outro poeta com textos em jornais de Jundiái, que não tem nada melhor pra fazer na internet e por isso ficava acompanhando nosso diálogo literato no scrapulário do poeta - mor, como se fosse uma novela das oito em sua fase terminal, me achou Grande!
eis aqui o que ele escreveu sobre mim:

"Nossa B., adorei seu amigo crítico literário que pede a morte dos críticos ["Dom", ele tem um "dom" acima do normal]. Ele mostra-se realmente um grande conhecedor da obra de Kafka, cujos dotes literários expandiram-se ao desenho. Estou impressionado com tamanha sapiência. Peço-lhe que pegue o endereço e dados curriculares, pois pretendo mencionar esse gênio da Crítica da Arte em minhas aulas de estética. Abraços fraternos. "

Ri bem alto. Gênio da crítica da arte? Alguém explica pro coadjuvante a piada? Alô cuzão! Eu estava ironizando o Kafka mané, não gosto do Kafka, de nada do que ele escreveu.
Well, well... Mas depois o ego intumesceu por alguns minutos e eu me beijei. aháha!

Do Camus partimos para escória brasileira, o protagonista citou alguns contistas que ele adora, acha digno e muito pertinentes:

Dalton Trevisan
Caio Fernando de Abreu
Marcelino Freire
Nelson de Oliveira
Edilson Pantoja

Eu escrevi pra ele que tinha um grande preconceito com a literatira brasileira, quem me conhece sabe bem disso, eu tenho alguns preconceitos ue, eu sou humano. Não finjo, não é meu forte fingir pra agradar. Disse que exceto o Dalton Trevisan_ que só O Vampiro de Curitiba o salva, os restos citados nunca li, e tirando o Caio F., nunca tinha ouvido falar.
A briga toda começou com o Caio F.
Só porque eu disse que não gosto dele, e não gosto mais ainda dos leitores dele, que a maioria são gays chatos e emos cults, podem reparar.
O publico alvo da Ana Carolina não são as lésbicas? O publico alvo do Bukowski não são esses garotos imberbes que estão começando a beber e se acham os putões da area? Tem pra todo mundo, tem pra todos os gostos. Eu traço as pessoas dessa forma superficial, tem as Clarices juventude existencial e tem tipos Caio F.; bixas admoestadas. Que é extamente o tipo que o Caio F. mais representa, esses que tem o coração partido mas que estão sempre lá se humilhando de novo.
Mandei ele procurar um tipo e se encaixar, e c´est la vie. Isso depois que ele me mandou o email ofensivo, é claro.
E pra piorar tudo, eu ainda contei uma história de um traveco que estava apresentando um stand up com paródias de musicas tipo Maria Bethania, Gal, Elis e etc, era aniversário desse travesti, e dentre todos os presentes dele tinha um que se destacou mais, era um despacho com tudo que contêm num ebó de macumba: velas vermelhas, cigarrilhas, galinha preta, champanhe, fios de cabelo, e... e... e... um livro do Caio Fernando de Abreu.
Ou seja, não podia faltar.

O protagonista detonou no orkut, o antagonista respondeu o email dizendo que já esteve e saiu do inferno zilhões de vezes, mas que parece que ele com essa cabecinha púdica tipica de poetinhas, continua por lá.
O coadjuvante sentiu as dores como um gêmeo siamês, e partiu pro ataque em defesa do amigo protagonista.
Insinuou que eu fazia parte do nucleo pobre da novela e que só queria me destacar com toda minha "revolta transformadora" baseada em meia duzia de livros, sendo três de auto - ajuda, e os outros três lidos só por resenha na internet. Disse que eu era um insulto a inteligência do B. (o poeta - mor) e que quando ele entendeu a piada do Kafka riu muito, sozinho é claro. E que já isso mostrava muito o nível do sujeitinho que sou eu.

Eu ri muito alto e na companhia dos meus, quando outrora ele me chamou de gênio da arte.

Ora vejam só como são as coisas... Antes de eu quebrar o decoro dos plêiades eu era um gênio crítico da arte, agora eu não passo de um idiota travestido de intelectualóide misturado com Mano Brown. (palavras do coadjuvante entrão) O coadjuvante queria saber quem eu era, e eu disse pra ele quem eu era, ou melhor, quem eu fui:

"Eu fui você ontem, meu chapa. Transcedi... acontece."

Se bem que pensando melhor, um idiota travestido de intelectualoide com um mix de Mano Brown não é nada mal, hem?
Melhor do que ser baba ovo do Caio Fernando de Abreu, que nem sabe que esses poetas existem.
E o que mostra bem o nível desse sujeitinho vulgar que eu sou... está bem, está bem, eu respondo. É não ter medo de dizer o que penso, doa a quem eu lascar, de dizer o que eu acho, o que eu bem quero, mesmo depois de ser considerado um "gênio" por causa de um equívoco, deveria ter andado na linha para não perder essa patente né?
A resposta é não.
Minha escrita é a sangue.
Não se apaga.








E no mais, para disvirtuar toda a coisa: Rest in peace pro cara do Ghost!

domingo, 13 de setembro de 2009

Mas, que nada.


Quem engana a sí mesmo consegue enganar o mundo.
Eu quase cair com um assopro, mas respirei bem fundo e segurei meus sentidos_ que eu percebia, me escapava. Volvi o rosto e dei três passos cambaleantes pro lado. O caboclo me segurou, eu tentava fugir dali daquela roda infernal e ele fazia cerco impedindo minha fuga.
Enxugou o suor da sua testa nas minhas mãos, passou as minhas mãos no meu rosto, gritou agudo e uníssono no meu ouvido, deu pra ficar meio zureta, mas eu ainda estava ali. O caboclo apontou a ponta da sua lança prata em minha têmpora, suou pra me virar no santo e ficou no vácuo.
Ele desistiu. Eu resisti, eu ainda estava ali presente.
Ganhei uma cadeira cativa ao seu lado, bebi vinho do melhor na cumbuca, sambei miudinho lá na frente, eu disse meu nome três vezes, é que o caboclo esquecia, eu entendo, isso é coisa de quem bebe . Comi da comida de Exu, aliás, Exu come-se muito bem. Tremia, não por medo, mas pela sensação estranha que ainda restava em mim, eles perceberam, e os caras do atabaque puxaram uma musica em iorubá que falava do medo, e os atabaques acompanharam sincronizados. Muito engraçadinhos.

"Ei, você aí!" O caboclo dono da festa, posto ao meu lado, gritou para outro caboclo da festa, o seu cavalo era uma mulata. "O que é que você faz? Você canta, dança,, bebe, faz o quê?"

E o caboclo da mulata rosnou, mastigou algumas palavras desânimadas que não deu pra ninguém entender... "Eu faço..."

"Pois eu só bebo." interrompeu o caboclo dona da festa. "E bebo um barril. Fica aí sofrendo otário... Eu já nasci bêbo seu moço. Como é mesmo sua graça?"


Mais tarde, quando Pena Branca, caboclo de Oxalá se despediu de todos porque iria chover, e começaram a cantar "Ô vai pingar gota de ouro, ô vai pingar...". Me comunicaram que ele gostaria de conversar comigo em off, eu tirei os sapatos para entrar no quarto, porque a energia vem do chão.
Me ajoelhei, ele tomou minhas mãos nas suas e me disse que não tinha pressa, que mirava sua caça pelo espelho e lançava sua flecha sem olhar pro alvo, e veja bem, ele só usava uma flecha.
Que ele era vento e que me conhecia muito bem, que eu amava o belo porque era filho da beleza, e que o meu pai era a prosperidade.
Ou seja, eu sou filho do êxito.
Que o Deus da arte resplandecia em mim claramente, que eu era bom, que eu tinha um coração bom, falou de amores: disse que eu amava de forma errada, mas totalmente intensa, que o meu coração pedia uma coisa, e a razão obrigava outra, e que isso me fazia sofrer.
"Ame, ame com verdade. Ame verdadeiramente. Se houver mentira nesse jogo, não vale apena amar. Se você sofre é por causa de suas duvidas, e os seus anseios e suas frustações são frutos da sua imaginação, é você que cria e alimenta, como uma mãe educa um filho. O que é o medo? apenas algo que criamos para boicotar nossa coragem. Seu moço, uma parte de você é só medo, então... Você nunca será feliz desse jeito. Mas eu vou abrir seus caminhos seu moço, porque eu já passei por tudo que você ja passou bem antes dos seus ancestrais nascerem. Deus é tudo, Deus é o ar, Deus é a água, Deus é o fogo, Deus é essa cadeira, Deus é você."
"Deus é amor, e tudo é amor." Eu disse. Ele fechou os olhos e grunhiu tremendo só um lado do ombro.
"Você tem um coração de ouro. Você vale ouro, mas poucos sabem disso. Sabe seu moço, o seu destino já está traçado, mas você só vai vim quando escutar o seu coração, na hora certa, você não irá mais sair. Eu nunca perdi uma caça, e você é filho de caçador... Eu converso com a minha caça, para que elas se entreguem a mim, porque eu não gosto de machucar ninguém."
"Pelo amor ou pela dor? É isso que você quer dizer?"
"Mas é assim que é em tudo na vida."
E tralalá, e caixa de fósforo.
Fiquei a pensar, até agora estou pensando um par de coisas...
Fiz sexo, e ainda guardo o gosto da deliciosa comida de Exu no paladar, que nem os beijos de paixão tiraram.
O que faz mal não é o que você põe para dentro, e sim o que sai de sua boca. As palavras tem poder e uma vez proferidas, o vento leva pra longe.
Advinha quem é o vento?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mart´nália - Entretanto



"É só ciume, doença que contrair porque te amo demaixxx, mas também é loucura e loucura tem cura e ciume também, e paixão é o que me faz bem."

Pra mim samba é isso,

e somente isso.

Tom Waits

Mó braba.

Eu não queria malogro?




Infernal esse clipe do Teenage Jesus and the Jerks.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Os dois lados da moeda

Eu hoje



Eu no futuro próximo



Errei a pista

Por enquanto nada, nada de nada. Só essa sinfônia degradante e nada criativa, e os cigarros do meu padrasto que eu vou liquidando sem intervalos, eu sei que irei me arrepender aos trinta... ah, que se foda, chegando lá eu me viro, eu não sou nem pretendo ser quadrado.
Estou no centro do ócio, sem trabalho, sem sexo, sem sarros, sem carinhos nem malícias, só a mesmice, por enquanto só Jesus na causa. Estou me tornando habitué de sites da boca do lixo, e isso não é legal pra pele, provoca espinhas porra!
O boteco que eu trampava? Os milicos fecharam, aquilo lá já estava passando dos limites, fez bem as autoridades. Os patrões, mãe e filho abriram umas coisinhas aqui e outra acolá. Czar se mudou com medo de ser assassinado, hoje está com um pequenote restaurante perto de sua nova casa, e a mãe dele e ex sócia está com um médio restaurante no Derba, contando com o auxilio da sua fiel escudeira Chuchu, a chupa culhão que parece gato aos pés do patrão. Bem faz ela que ganha seu trocado, pior sou eu que estou desempregado, quem vai pagar minha franquia pro show 80 age esse sábado? Quem vai pagar minha passagem e as brejas pra eu ver as bucetas dourando na praia?
Depois de eu ter passado por uma série de empregos de lojas de nome esdruxulos, do tipo: Dinossauros Presentes, Kafka Baby, Ginsberg e os bons fluidos e um motel chamado Vaca Mecânica, agora a falta do que fazer cada vez mais presente.
Não tenho o que dizer porque não presencio mais nada, a minha fonte segura, o meu material, todo mundo sabe, são as pessoas comuns, o mix do vivido com o imaginado. As pessoas que habitam lugares comuns são os esqueleto do problema, e eu vou dando a carne, a verve e o sangue da imaginação para elas tão pálidas e sem vida.
Agora quem está pálido e sem vida sou eu, bem o caboclo Marujo disse pra mim com desdém: "Vida sem vida"
As pessoas são minhas musas, é no sofrimento que me sinto mais inspirado, oh por favor me faça sofrer, a inspiração anda de mãos dadas com a dor, e a felicidade_ por mais que ela seja alvejada, é boboca, é bossa nova, barquinho, laguinho e o caralho A4.
Não quero escrever sobre isso, eu não sou o Vinicius de Moraes.
Que caiam os malogros! Que caiam a orgia! As boas brigas, os bons combates e o sarro do sexo! Os amores tóxicos, as entregas paracrônicas e as paixões venéreas! O profundo do beijo e os poeminhas boboquinhas de depois; intuito de futuras fodas.
Minha garota disse: Quando eu voltar pra você então, aí que acabou sua inspiração.
E eu respondi: Não irei fazer poemas sobre você, farei poemas sobre nós dois. É diferente.
Muito desse pesar não culpo a ninguém a não ser a mim mesmo, eu sou preguiçoso, e não é porque eu sou baiano, não trabalhe sua massa encefálica fálida com esse paradigma babaca de que baiano é preguiçoso. A preguiça é humana, indepente de estado, sexo, credo ou raça.
Você vai procurar emprego e se bate com uns obstáculos no caminho (Bares+amigos) aí você pára, e toma uma e toma duas e toma quase uma caixa inteira. Perde a consulta de emprego, chega atrasado no teatro e ainda bêbado, esquece seu texto em casa, esquece suas falas... O que te resta senão improvisar? A vida é assim. A vida é dura
Pra quem é mole.

*****

Em novembro eu estreio numa peça velha e maravilhosa do Nicolai Gogol, como personagem principal graças a minha graça e ao talento de rato ator pornô nos hardcores da vida.
A peça se chama O Inspetor Geral, e é um grande deboche a politicagem atual. O diretor ta puto com os meus atrasos e com meus porres, e como ele não confia totalmente em mim a ponto de se jogar de olhos fechados esperando que eu o segure, ele dividiu minhas falas com outro ator que irá fazer o mesmo papel que eu. Eu vou ficar com o lado don juanesco do dito cujo... O que será ótimo, vou beijar na boca, enquanto o coringa com calo na garganta vai gastar saliva.
O espetáculo é excelente, o meu personagem é um pícaro literato, com certa debilidade pela santissima trindade pecadilha: Comida, mulher e cigarros. Bem eu.
Acontece que eu não faço ideia de que merda vai dar esse espetáculo, se vem de um cú sem prega e limpo ou de um cú da Miriam, baseado no fato de que temos 3 meses de ensaio pela frente, 3 meses de ensaio uma virgula, os ensaios são dois dias na semana, isso dar 17 ensaios antes da estréia, fora os feriados que andam assolando esse mês, e tudo ou mais. Vamos ver... vamos ver, eu ainda me garanto, se querem saber. Como além de toda bebedeira e demência e porra - louquisse eu posso me garantir? Sei lá, Freud não explica tudo? Consulta ele.
Eu disse que iria pintar o meu cabelo de amarelo ovo, não disse? Mudei de ideia, vou passar a zero dos lados e deixar um moicano bem estilo do De Niro no Taxi Driver. Vou dar a ideia cheque pro diretor, vamos ver se ele pesca.
E todos estão convidados, mas não pra ficar na minha casa que já vai está cheia, tente o hotel Uberlandia. Levem os tomates e os ovos, se pans, depois da peça a gente faz uma goroba e mata a larica.

*****

Das coisas que eu ando ouvindo por aqui:

"Uma briga feia de casal. Ele jogou um cigarro acesso na cara dela..."
"E o que ela fez??"
"Jogou um cinzeiro entupido de cigarros apagados na cara dele!"
"E depois?"
"Eles fizeram um amor bem gosto."

Love hurts,
um adendo : o cigarro e o cinzeiro eram os unicos objetos de cena.

Outra, de um poeta numa conversa comigo, como eu não tinha nada melhor pra fazer, eu perguntei:

"Que recital é esse que você conta os dias no nick do msn, como o maldito Conde de Monte Cristo faz crucifixos na parede?"

"É um recital, ue."

"E quem está organizando?"

"Eu ue. Quem mais seria?"

"É... Quem hoje dia faz recital? Isso é tão anacrônico... Quem são os convivas?"

"Eu ue. Só eu. Na verdade, será no dia do meu aniversário, eu tiro essa data para compor, escrever poesias, vou me trancar no quarto e escrever e recitar pra mim mesmo, well... ano passado foi no quarto, esse ano talvez seja na cozinha, não sei, ainda vou decidir. É astrologia, sabe? Quando você faz aniversário tudo se alinha, tudo entra em um bom senso e se ajusta, é bom para a literatura. Não sabia disso?"

"Não... Eu não me ligo em astrologia, eu sou da macumba."

"É mesmo? Eu acho o candomblé uma seita, doutrina, religião, sei lá o quê, uma coisa muito bárbara, eu sou católico apostólico romano."

"O que você acha barbaro no candomblé?"

"Sei lá; aquela coisa de sacrificar os bichos, beber o sangue, oferecer pro diabo. rsrsrs"

"É mesmo? Quer saber o que eu acho bárbaro? "

"O quê?"

"Queimar pessoas vivas. Mas vem cá, voltando ao seu bendito recital... Depois você desse pra tomar umas cervejas com os amigos, para cortar o bolo e apagar as velinhas, né?"

"Não dá. É um ritual. O meu tema esse ano é "Paixões e Traições"

"Hum."

"Por que "hum"?

"Posso ser muito sincero com você?"

"Mas é claro, fique a vontade."

"Eu acho isso uma tremenda babaquisse, não é nem babaca, é boboca. A inspiração não é premeditada, ela vem e vai como as estações do ano, talvez não na frequência das estações, no caso da Clarice Lispector foi, ela ficou anos sem escrever, o Raduan Nassar só escreveu um livro depois de velho, e foi o unico livro dele, excelente livro por sinal. Mas isso não é um ritual, quantas obras primas foi composta em mesas de bar? Centenas. Você tem que viver aquilo contado, amar a natureza daquilo que você ama, amar a essência, respirar as paixões e as traições da rua, não baseado em culturas fragmentadas de parágrafos de livros que você leu, ou aquela sintonia que você busca na faculdade da memória, isso cheira a mofo. Não queira me convencer que a inspiração entra pela janela do seu quarto hermetico com olor de peido, ou te faz companhia na cozinha com o cheiro do ensopadinho da criada..."

"Você está me desmotivando."

"I´am sorry"

"Seu filho da puta! Vá pra puta que pariu você e suas convicções! Está perto do meu aniversário, e você só acendeu o pavio de estrago!! Seu cretino!"

"Eu sei que está perto do seu aniversário, faltam 7 dias."

Então senhores, diz aí: tô ou não tô mal de material?

*****


09/09/09... e eu nem acordei as 9 hrs pra fazer um cocozinho.


Dessa vez quem explica é Jung.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

Tentando ler



E eu não consigo sair do inferno.

sábado, 5 de setembro de 2009

Perfume Siamês

"Eu não perdi a mania, ainda durmo fumando, ainda queimo o colchão.
Claro que lembro do dia em que quase morri e ninguém me acordava..."



Esse Emilio Santiago é bem eu.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Crepúsculo

Foto de Rick Van Pelt


Do meu portão.

Alguém aí sabe interpretar sonho?

São 5: 14 da manhã e eu ainda estou acordado, angariando algumas rugas e uma porção de olheiras, tenho 19 anos e já tenho 3 RUGAS na cara, duas de um lado e uma do outro. Fora o enchimento das bolsas debaixo dos meus olhos e tudo mais, o Antônio Fagundes perde.
Acontece que a chuva do crepúsculo ninando no telhado me convidou para domir, e eu só fui acordar às 20 hrs, porque eu sonhei com a Juliette Lewis cantarolando Born Bad no meu ouvido, e essa música agora, desde que eu acordei se repete em minha cabeça como um mantra du mal. Talvez eu bata ela contra a parede.
Nunca vi nada mais babaca do que ser garoto - placar de carneirinhos, eles que se fodam. Eu só queria dormir, não precisa sonhar não, apenas dormir, sem sonhar. Vou visitar os sites pornôs da boca do lixo, dizem que punheta dá sono. Veremos.

Não fiquem com Deus, fiquem com Juliete Lewis e essa música que não sai dessa minha cabeça dura de Malory Knox.



Born bad is such a sin
I guess i'm born naturally born... born bad.