quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Dom: Carta-padrão para alguem de lugar nenhum.

Você quer saber de uma coisa?

Não confio em quem me suporta, desconfio de quem não entende minha letra, não confio mais em você.

Na verdade, o mais, é pura gentileza, um reflexo de gentileza. Porque eu nunca confiei em você, desde que rosa é rosa e que você me disse que ninguem dar uma flor sem esperar nada em troca. Desde quando você quis me comprar por coisas tão baratas, que eu mesmo poderia comprar.

Não gosto de você, e só fomos amigos esse tempo todo, porque eu sou uma pessoa que aprecia a maldade, a comparo com o orgasmo porque tenho liberdade pra isso.

Eu só fui até o jantar na sua casa, porque eu queria te amostrar que eu aprendi a andar sem tuas pernas, e hoje eu corro, e você não sabia que eu corria tanto, em tão alta velocidade.

Eu que te dei o luxo de você me ver fumar. Lembrou dos velhos tempos, não foi?

Tempo que você era como eu, livre como eu. Hoje tem vergonhas, e se camufla para atacar. Que deprimente.

Mas hoje, a cigana leu a minha mão e depositou anti-corpos de você.

Você não me dar mais calafrios, que bom, tambem não mais me faz rir.

Você minha cara, você vai ser uma dessas pessoas que só vai me conhecer no Sebo, quando eu já estiver editado, e encadernado, sem graça, porque todos já sabem.

Não por narcisismo meu.

Mas por pura questão de olhar, que você, infelismente não tem.

Era para eu te deixar sozinha, como fizeram os seus outros convidados, aqueles que não vieram, nem ligaram, que te deixaram só, amargando o pão sem manteiga, o bife e o vinho.

Somente.

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