quinta-feira, 28 de junho de 2007

O Sonho.

16. O ser humano é dotado de força infantil.
Ô flor, vou te contar a bateria de sonhos inexplicáveis que eu tive. Tu escuta, mesmo sendo eles inexplicáveis?
Ô flor, eu estava bêbado, não teria como sonhar com cisnes.
Mas eu sonhei. Eu sempre sonho muito quando durmo no chão.
Ei. você ainda está aí?
Pois escute enquanto ainda há tempo, na verdade, estou te enrrolando... É. você sabe.
Eram momentos que ainda irão passar. Eu sonhei com o amanhã, não futuramente bom, no caso, o hoje mais ou menos.
Nada do que eu sonhei se realizou.
Tudo bem pra você?
Tomei vários sustos, tomei vários tapas, me embriaguei de água potável, quebrei copos, invadi geladeiras, roubei cigarros e fui dormir.
O sonho era um filme psicodélico, eu era uma super-8.
Sonhei com o hoje e acordei com o hálito amargo do ontem torpe, ressaca moral é uma das piores ressacas. O vento nessas bandas de cá produz musica, seria bonito se eu ficasse mais tempo, mas as bandas de cá não é minha, o vento das bandas de cá não me pertence. Só o sonho, só o sonho é minha pantera.
Ô flor, o sonho acabou. E eu te acho meio pálida, você me diz que não tem se alimentado direito, eu também.
Aproveite o tempo minha flor, enquanto há.
Vai pra rua, porque vai chuver.

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