terça-feira, 1 de abril de 2008

Gerações de crianças em tubos de ensaio.


A intenção toda era me salvar, desde o principio, desde o acordar de todos os dias direcionados a mim, e somente a mim mesmo.

há um horror nisso tudo, eu sei. vê todo mundo correndo, se posicionando na vida, e você continuar parado,

não me reconheço mais, não naquela ideia prolixa dos estudantes de filosofia e o seu roteiro existencialista sempre igual, como se fosse script de uma novela do Manoel Carlos, sempre o mesmo assunto, sempre as mesmas perguntas, sempre, todos eles a procura das mesmas respostas, daí partimos para Aristóteles, Socrates e Platão, e Epicuro que é bão... nada.
"o modo de produção escravista na grécia antiga permitiu a elite local passar o tempo livre filosofando e dando a bunda."

Não gosto de conversar com gente muito efusiva, gente calada demais até dá para tirar seu saldo positivo de que nem tudo é perfeito na vida, não gosto de gente que cria mal estar nas situações, e não admite que aquela sensação beira toda vez a imundice, ao sufoco!

ah, se fosse todo esse sufoco granulado, seria mais fácil de engolir.

Mas a questão é que não dá, e quem não gostou que reclame com quem está por trás das regras das conspirações, é pra lá que eu vou!. Talvez um preconceito, quem sabe até não, só me falta paciência. mas prefiro ficar longe dos adolescentes, adolescentes tipo aquela garota de 15 anos que esteve hoje no programa do Jô, a Malu Magalhães.
O fato dela ter a voz que muito lembra a do Bob Dylan, veja bem, eu disse "lembra" , e conhecer muito bem o Cash, são fatos que a salvam.
E só.
O resto é só babaquice de quem ainda não faz sexo.

Estudantes de filosofia também não se salvam da minha santa indurgência.

Não que eu me tome pela mesma peróla da porca da Geruza, a mulher das anfetaminas de alguns posts abaixo, ah vá lá que ela é bem gostosa, mas muito superficial no que eu ainda não entendo, a maturidade que se renova com as plásticas, os botox´s da vida, e ela dizia, quando não quebrava todas as taças num escandalo diluviano de birita e axé_ quando queria mostrar todo seu desprezo por alguém sendo egoísta, escondendo sentimentos verdadeiros entre cacos de taças de vidro, na parede, atrás da porta.

Dizia Geruza, trajada de veludo, mais parecia um cão abanando o rabo em festa_ que era uma mulher moderna, ora! Que é uma mulher, que além de tudo é comunista, que trabalha, que toma conta das crianças, que não tem tempo de ficar discutindo Nietzsche, Falkner, e outros tantos pedantes em sua fiel concepção, que não precisa saber_e que também não nescessariamente poderia ser_ que o Cartola escreveu o Mundo é um moinho para a filha dele. Que poupasse ela!

Pobre Geruza... desse jeito nunca vai conseguir descobrir que um dia foi a cópia fiel da velha Cunegundes.

não sei se Voltaire defendia justamente a ideia de que os fins justificam os meios, mas otimismo e pessimismo é nó que a natureza faz, e é questão de genética mesmo, é como virtude e defeito, ou você tem ou não tem.

e otimismo, para Voltaire, é uma força gravitacional que tem influências milagrosas para o fim de cada ato.

Fiz de cada momento um momento de agrado, calculei, esquematizei, e fiquei feliz que metade das coisas deram certo, exceto algumas firulas, paixões mal saradas sabe como é? é tipo chiclete velho grudado na sola do sapato, ta bom, deixa eu parar com metáforas vagabundas, se é que há as que se salvem.

É aquele tipo de fé na paixão, na paixão descarada que você se arrembenta inteiro e que era moda em 63, na fé de que cada segundo ao lado de quem ama seria um chumbo de poesias enganosas. Mas isso é a parte doce do chiclete.
Pior é o estrago, a beleza que você não mais vê no outro, e o interesse que você não mais sente por ninguém, essa graça que você não mais sente por aquela que quase te matou ta colada no meu sapato como chiclete, pode ser um livro emprestado, um oculos, qualquer coisa, uma porta entreaberta, ou as desculpas que já não dar mais pra engolir.

2 comentários:

Juca Lordello disse...

'Essa foi das boas'

Unknown disse...

"o modo de produção escravista na grécia antiga permitiu a elite local passar o tempo livre filosofando e dando a bunda."

Muito bom, eu assino embaixo