sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dorothy Parker e as consequências


A língua mais felina do século 20. Querem exemplo? Clare Booth Luce, mulher do influente editor da revista Time, Henry Luce, cruzou com ela numa porta giratória. As duas se detestavam, Clare era mais jovem. Mui cortesmente, deixou Dorothy Parker passar primeiro pela porta, só que dizendo: "As velhas antes das belas". Parker desfechou no ato: "As pérolas antes das porcas."
Dorothy nunca mais saiu na Time.
Quando resenhava livros para a Esquire, resumiu sua opnião sobre um romance com duas frases: "Este não é um livro para ser descuidadamente deixado de lado. É para ser jogado fora, com toda força.".
O famoso autor passou a boicota-la também, com toda força.
Sobre uma importante dama da sociedade de Nova York, Dorothy escreveu: "Ela sabe falar 24 línguas. E não consegue dizer não em nenhuma delas."
A madame nunca mais a convidou para nenhuma festa.
Sobre uma interpretação em teatro de Katherine Hepburn: "Ela cobre todo o escopo de emoções _ de A a B."
Kate Hepburn nunca mais lhe dirigiu a palavra.
Quando lhe disseram que determina socialite de Nova York era muito gentil com os seus inferiores, Parker perguntou: "E onde ela os encontra?"
Pronto. Ficou queimada entre os ricos.
Mas... O que se pode fazer quando se vê graça na própria desgraça?
Errou quem disse rir, errou quem disse escrever. Acertou quem disse escrever rindo.

Um comentário:

Bípede Falante disse...

Se eu fosse deus, mandava fazer Dorothys em grande escala para sacudir um pouco a burrice que impera.