sábado, 26 de setembro de 2009

Sara Vaughan - Perdido



Eu ficaria mal e choraria mais umas dezenas se eu não soubesse que a vida é feita de ajustes e reajustes, dói em mim saber que quem sai perdendo nessa pós empreitada verbal somos nós. Eu de um lado e vocês do outro, e cada um com o seu quinhão ruim.

Tenho medo que essa mágoa se torne um cancro, um peido velho num organismo vivo.

Perdi um dos meus por erro de interpretação, por má fé quem sabe, falta do que fazer. Mas se existe uma conotação entre eu e os outros, a mais visivel e rísivel é a de fuga, a de escape. Eu sou como uma leitura de feras que lê o texto do espetáculo com entonações notórias, respeitando os pontos e as virgulas, mas com o corpo inerte, impávido, sem nenhum movimento teatral nem de gabolice, porque de teatral em mim só existem as palavras, eu ainda não estou pronto para empreitada física.

Para os meus amigos, Perdido.
Para os meus amigos perdidos.
E como diria o meu amigo Guilherme: O que se perder se perdeu!

Adeus nõninos.

Odeio despedidas!

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