sábado, 21 de julho de 2007

Devaneio n° 2


Alguns chamam de overdose, outros chamam de baixo astral, outros mais chamam de espiritos chiliquentos.
Eu, depois de anos sem nada acontecer, 10 anos curado de todo o mal, xarope do meu avô paterno que provou que me ama o bastante para não me deixar morrer.
Eu tive uma convulsão, andava com Gabo pela rua, depois de uma noitada, e tudo ficou muito down, eu caí no chão, troquei de olhos, enrrolei minha lingua, eu vi a morte com os olhos fechados, ou algo parecido com o que seria a morte, não sei, deviam me avisar antes, assim eu me precavia, vi minha vida inteira no átimo de segundo, Sol me provocando o tesão e Gina conformada e triste, para sempre minha mulher, Tão eterna que eu ainda não sei. Mas isso é coisa para mais duas primaveras.
Pai, eu tive uma crise de eplepsia.
Gabo sofreu coitado, Gabo que é meu pai.
"Rafa, eu beberia o teu vômito pra te deixar vivo."
Não é justo eu morrer hoje, eu estou ferido.
Ô meu Deus... Eu vou morrer sem saber tanta coisa...
Foi o que eu pensei respirando o ar da psicose.
Gabo gritava e colocava sua mão inteira na minha boca, ele queria salvar minha lingua e acabou ganhando alguns arranhões nos dedos. Ele queria me salvar, todos sabem, mas para mim, ele queria me matar, sufocando-me.
Gabo tentou me matar.
Deivide tentou me matar.
Eu tentei me matar.
Não sou eu que valho tanto.

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