sábado, 21 de julho de 2007
A Carta
Adeus crenças malditas. Vasos quebrados. Santa doença. Não mais te olho como um grande feito. Teus feitos já não são tão grandes assim - é tudo efeito. Efeito das tuas drogas, das tuas mãos e palavras recolhidas das bocas que se lamentam, que solicitam, que agradecem...
Vejo os truques do teu espetáculo. Percebi todos e bato palmas a ti consciente do que faço. Teu espetáculo é teu palco e nele represento. Apresento-me - assim como muitos fazem sem perceber e, bestificados com o teu talento mediocre, te aplaudem exaltando a eles mesmos. Tudo em prol da arte!!!
.: Me entrego afirmando isso: "bato palmas a ti consciente do que faço". Se eu bato palmas sabendo os "truques" sou mais um dos que se apresentam e te exaltam, exaltando a si próprio sem perceber. Já fiz/faço parte da "mediocridade" e adoro isso. Não te admiro; apenas gosto um tanto (bem significativo) de você - e isso é o mais verdeiro que posso dizer sobre.
Poderia considerar o momento. MAS NÃO HÁ O QUE CONSIDERAR.
abraços!
Sol.
(Uma carta de Sol para mim.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário