terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ensaio

Cheguei cedo no teatro, pouco antes de pouca gente, o diretor não vêm, a sala nos foi dada para ensaiar-mos a derrocada.
Um grupo de cinco atores estão reunidos num canto, comentando sobre os crimes hediondos da cidade, sobre violêncio, de como é horrivel usar drogas e aquela merda total, comentaram também do crime do homem que morreu a pauladas. Eu fiquei entre eles, fazendo exercicio de voz, sem mencionar palavras, sem mencionar que eu tinha ficado perpexlo diante daquele crime, bem diante mesmo, com o nariz e os olhos enfiados, mas eles não sabiam que eu fui testemunha, um expectador inocente, e veja bem, eu não fazia questão nenhuma de que eles soubessem.
Não, nenhuma afinidade com nenhum deles, a eles o menor dos acréscimos. Uma é totalmente inoportuna e péssima atriz, o outro é muito bom, mas sua voz não chega até a sétima fileira porque tem calo na garganta, aliás, dois dos atores tem calo na garganta.
Deus, estou perdido, tenho esperança nos ensaios, quem sabe a repetição não nos dar forma e conteúdo, algo que o valha.
A repetição é meu Messias.

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