quarta-feira, 26 de março de 2008

Não me levem a mal...

Aí um rabisco nada mau para o meu romance... são ideias sem formas ainda... mas é mais ou menos isso aí. bem mais que isso aí, ok?

(No bar)
-Ta. Pára.
-Não vai, olha pra mim... Isso, vira o rosto mais pra esquerda, aí... maravilha, ta linda. Pronto. Viu que não doeu tanto assim?
-Quando você me fode dói mais.
-Eu te amo.
-Ah, certo... Deixa eu ver essa foto, espero que você não tenha pegado o cartaz da Ivete Sangalo vendendo cerveja atrás de mim.
-Não peguei.
-Me deixa ver.
-Droga, por que você nunca acredita em mim?
-Metade das mulheres não acreditam nos homens, meu querido.
-E a outra metade?
-Desconfiam.
-Sei. Mas em mim você pode confiar, pode ter certeza.
-Tudo bem... ah, eu também não me importaria se a Ivete tivesse atrás de mim.
-Eu não estou falando da fotografia caramba!
-Não?
-Não po, eu to falando que te amo, e que eu sei que você não acredita quando eu digo isso.
-E por que eu acreditaria em você?
-Porque eu to sendo sincero, e você sabe disso. Por que eu te amo, e te levei café na cama... Que homem faria isso para uma mulher depois de já come-la? Me diz.
-Talvez o homem que queira come-la de novo.
-Ah não...
-Depende da mulher, meu filho.
-De que tipo de mulher?
-As que ficam. As que trepam muito bem.
-É. Muitas vezes depende do tipo de homem também...
-É mesmo? Qual tipo que fica?
-Os babacas.
-Hum... Prefiro os canalhas, eles estão aí desde Jece Valadão, é que nem carnaval.
-É que nem o Gil, não é?
-É. É sim, é que nem o Gil. Você sabe que você me lembra um pouco ele?
-Em quê?
-Eu não sei bem... Pra falar a verdade é um enigma, eu não sei explicar.
-É por isso que você está comigo, então?
-É claro que não. Quem você pensa que eu sou? Ai... Uma dor no pescoço...
- Eu sei que o Gil é um cara bom em tudo, eu até o admiro sabia? Mas eu tenho uma coisa que ele não tem. Ou melhor, eu tenho uma coisa que ele perdeu. Você. E isso me deixa imensamente honrado.
-Não sei por que da inveja. Você consegue ser melhor do que aquele filho da puta.
-Mais cerveja, chefe?
-Desce mais uma bem gelada aí camarada!
-E então? (Acendendo um cigarro.)
-Você não acredita no amor, né? Você não acredita que duas pessoas podem se amar de uma forma intensa e darem certo.
-É claro que acredito, eu assisto novelas. Meu bem, não existe proporções iguais de amor, sempre tem um que ama mais que o outro. Você devia ter um filho.
-Você não acredita em mim.
-Eu não acredito na sua certeza!
-E por que a gente não daria certo?
-E por que daríamos?
-Eu perguntei primeiro.
-E eu perguntei depois, e daí?
-E daí mocinha, que é por ordem de chegada. Primeira chegada, primeira tacada.
-Nem vou dizer onde você enfia essa tacada.
-Olha...
-Eu não sei se você é achista ou não, mas eu duvido muito das coisas. E acho irresponsável da sua parte se doar inteiramente pra mim.
-E quem disse que eu vou me dar inteiro pra você? As mulheres não iriam gostar nada nada disso.
-Retalha besta, dá uma parte pra cada uma. Elas ficariam felizes.
-Hum... Você vai ficar com o meu pau, aposto.
-Falo morto? Não querido, eu não sou o Jeffrey Dahmer, eu não me excito com partes mortas do corpo, prefiro uma mecha do seu pentelho ruivinho, para guardar de recordação.
-Ei, o que você acha da gente se casar?
-Casar?
-É. Casar, você nunca pensou em casar?
-Pra quê casar? Casamento nunca dar certo, é só um contrato que a gente faz com a rotina.
-Você não tem jeito não...
-Não tenho mesmo!
-Mas mesmo assim eu ainda te amo, e não tem como dar errado...
-É mesmo? Como você tem tanta certeza disso?
-Porque você é um bem que eu não sentia há muito tempo.


(... e por aí vai.)

Um comentário:

Anne disse...

ElecomoClaricelecomeClarice.

Hilário.