quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Round five: in love


Ela me pediu para ir embora, procurar meu caminho e ir atrás da minha felicidade, eu rebati dizendo que a minha felicidade era ela e que eu tinha que correr atrás dela então? Ela não soube o que dizer, cessou.
Queimei todos meus cartuchos em relação ao sentimento e não deu em nada, até o pouco de brio que restava em mim eu perdi. Tomei um porre, me humilhei, rastejei, implorei, mendiguei carinho, até que ela disse: Olha, eu vou te dar mais uma chance, a 5° chance como você mesmo diz. Mas se você pisar na bola comigo eu nunca mais quero olhar na sua cara.
Sorri com os olhos cheios de lágrimas, pois eu também chorei. Porque se for preciso a gente também chora. Eu que fui talhado a minha vida inteira para representar e andar de pulsos como um chimpanzé selvagem. Eu o fiz. Eu sou fera e tenho um instinto animal, eu farejo.
Homem que homem volta atrás e não se arrepende de nada, é claro que eu não iria abandona-la e tentar esquece-la, porque ninguem abandona seu lar sem sentir saudades, e saudades também se mata.
Saindo da cidade de Douwnton para as férias em Uptown eu vos digo:
Agora é a vez do alinhamento dela a mim, ao invés de ser o meu alinhamento a ela. E isso é algo que realmente tem que se temer.
Porque eu_ como a Camilla Lopes e outras pessoas práticas. Vou embora sem dar tchau.
Se fosse para ser absolutamente honesto_ e eu preciso ser. eu diria que o amor sempre me renegou, assim como já dizia os buzios, e os acertos de alguem que eu nunca vi mais gordo.
Veja bem, quando o amor vem para mim todo belicoso e relutante eu faço de tudo para doma-lo, domestica-lo, e coloca-lo na minha coleira. Por isso que oferto minha outra face, por isso que perco o brio.
Quem é o amor para me devastar e sair assim incólume?

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