domingo, 22 de fevereiro de 2009

Eu e mais ninguém


Se fosse para você escolher uma persona que bem me cairia bem, entre esses três famigerados: Tio Patinhas, Linus Van Pelt e o Marquês de Sade. Qual seria?
O Marquês de Sade, é claro.
Queria interpretar o Marquês de Sade ontem, mas simplesmente não consegui, agir como uma putinha... Ao invés de ser sádico e participativo_aliás, como sempre fui, fiquei fuçando uma farinha na sala (como comondongos de bar) ouvindo Novos Baianos tocar na vitrola de um estranho.maisum.de Ssa,
tudo isso enquanto esse mesmo estranho comia minha namorada no banheiro. Ora, fatalmente era para ser um dia normal de um casal em pleno carnaval; era para gente tomar umas cervejas de um real e ligeiro para não esquentar, era para falarmos bobagem um no ouvido do outro entre uma lambidela e outra, era para eu caçoar dos outros e ela me repreender filantropicamente. Mas não foi bem assim que tudo aconteceu, e outra; lamento é o caralho. Foi eu quem quis, eu que dei ousadia, fui eu que apertei o start inicial, certo? Burlei as regras do jogo e caí de cara nas drogas sintéticas, o que de fato me era proibido.

No mais, roubei duas lagartixas de borracha_uma tinha rabo e a outra tinha xingado a mãe de alguém, um mini isqueiro preto de metal carissimo, alguns dólares e algumas heineks geladas.
no entanto, algo de muito puro morreu na relação com aquela que me deixa de pau duro, e em mim mesmo, e em nós enfim.

Acontece que eu financio a tortura e só eu posso me pôr a prova e a aprovação. Eu e mais ninguém.

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