quarta-feira, 4 de março de 2009

Antes do fim

Agora nada de flores, nem machado e nem sândalo. Hoje é um dia excepcional e eu estou fascinante, equilibrado e opulento, logo hoje que é o dia da expectativa.
Está passando uma boa comédia na tevê; um romance que está por um fio, por um fio divino, devo acrescentar com justiça. O personagem atordoado sente no peito que precisa ouvir a palavra do Senhor, que o Senhor tem uma revelação para ele, e ele vai.
E enquanto Deus segreda em seu ouvido o outro lado rói a corda, curioso.
Há coisas que nos são conquistadas e há coisas que chegam para nós por obra divina, e eu sei que não somos proprietários desse presente, é como um emprestimo, um penhor... Você pode não levar. Falando assim, até parece que Deus é um agiota. Não, não é.
Acredito que não podemos mudar o que já está para acontecer, senão alteramos tudo e tudo remete ao caos, a solidão e ao sofrimento futuro.
A felicidade está pronta para mim como também está pronta para o personagem no final do sitcom.

Agora quero assistir uma peça séria, por obséquio.
Derrame de brigas e dramalhões; O melhor de meus perrengues é que não me lembro como a clareza do dia dos impróperios que me foi dito, algo bloqueia, abstrai.
Passo por cima dos meus sentimentos esmagando com o pé as emoções, de uma forma tão auto-defensiva que a digestão das nossas brigas segue seu curso, no entanto não vinga seu percusso. Pára em algum canto ou lugar da cadeia do pensamento.
Esses pensamentos repetentes... Exilados para toda vida na faculdade da memória.

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