quarta-feira, 30 de abril de 2008

As regras da orgia.


Eu não espero mais nada de ninguém há essa altura da gincana.

Segundo os gregos (se bem que isso me parece bundista), quem moravam num andar elevado, no topo, era uma pessoa estável, muito bem de vida, seria apartir de lá uma mitificação do poder, a soberba encarnada em sentimento, o orgulho vem depois, é a irmã bastarda.

Pois quanto mais longe do nível do mar, mais perto de Deus, e isso para eles era o que se chamavam de tudo.

Eu moro hoje numa cobertura de uma espelunca que poderia muito bem ser chamada de Bates motel vacancy, a questão retórica do poder da riquesa gregoriana estava certa, desde os primórdios, desdes as expressões de prazer até as confidências mineiras: "o meu gozo hoje foi como está no cume mais alto..."
Até o poder aquisitivo de ainda está por cima, a fome, George Bush, menininhas de cinco anos, piranhinhas ou não, sendo jogadas de andares muito alto como esse nosso, pelas mãos de quem eu me espanto, o ciume, a desarmonia, a falta de sincronia com os pares, o achar de solidão, tudo, aquilo, e tudo mais ainda resite. moro muito perto de Deus, mas não sou apegado a ele, levo muito a sério a vida de desconfiança e ostentação, glamour, champanhe e flanders, comentários inteligentes de gente que só coube em terno.
E eu só queria uma empregada e um pouca de luxúria...

Nesse momento eu queria está mais perto de Deus e longe da casa do caraleo.

terça-feira, 29 de abril de 2008

For Isadora.

Paixão.



A gente é cafona pra porra, hein!

Técnica do sexo para mulheres frígidas ou "Pilar milho."

Não tem segredo.
É como o pilão e a tigela.
Depois você só força o pilão na borda da tigela, não dentro.
Soca
Soca
Soca
Soca
Passa a lingua no clítores, e beija os grandes lábios.
Soca
Soca
Soca
Soca
Umas baixarias no ouvido, vai.
Soca.
Não esqueça, Soque os lados, não dentro.
Se você MULHER, não tiver um pilão em casa, pode usar os dedos,
um, dois, três, quatro!
ao seu grado e quanto lhe couber e achar nescessário.

Não se esqueça de comer almôndegas.

Gastou!


Eu tô lendo A casa dos Budas ditosos. daquele homem que eu sempre tive receio de ler, o João Ubaldo Ribeiro, autor de Viva o povo brasileiro.
Todo mundo me dizia que Viva o povo brasileiro era um livro chato, mas essas pessoas lêem Paulo Coelho, então. vão à merda.
São dois livros completamente diferentes, eu estou dizendo os dois livros citados do João Ubaldo Ribeiro, por que o Paulo Coelho, nem me lembro mais.

A casa dos Budas ditosos é uma putaria simples, pura e gostosa, e faz parte da coleção Plenos Pecados, onde o João Ubaldo ficou encarregado em escrever sobre a luxúria.
A narração chula me incomoda.
Segundo o prefácio é uma estória verídica, de uma mulher pra lá de Balzac, carioca da gema. De seus 60 e poucos anos de muita orgia e experiência.
Talvez também_é uma hipótese não descartada. Talvez porque Rogério leu um capitulo do livro em voz auta pra mim quando eu estava muito doidão, e toda vez que eu leio a porra do livro eu escuto a voz de Rogério, e imagino a personagem como uma traveca da Rua Chile.
Sabe? A personagem do livro é como uma Bruna Surfistinha mais inteligente.
Mas a vezes fica tão lugar-comum. Hum... Depois que li Emily Brontë agora tudo me encomoda. Verdade.
Vou achando esses suplementos literários tão pé no saco. Mas é o João Ubaldo Ribeiro, autor de Viva o povo brasileiro.
Em tempo:
Nunca li Viva o povo brasileiro.
e talvez nunca leia, nunca se sabe...

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Como diz o regionalismo daqui: Gastou.

Eu já tô SATURADO do casa da garota Isabela. Essas coisas viram piadas, sabiam?
como "O sangue da garota Isabela no Quiosque de Tor."
A imprensa é de um sensacionalismo de muito mau gosto, de uma pirotecnia fodida, a imprensa ultiliza o fogo, e os ouvintes, oriundos, expectadores , telespectadores inocentes fazem fogos de artificios.
Familias de longe, com suas caravanas dominicais, ê findi semana legal! Vamos tirar fotos do lugar de onde a menina Isabela se estabacou.
Aguardem o lançamento do dvd do Linha direta Justiça.
Ah, me poupe.

Vamos usar a inteligência uma vez só?
Quantas pessoas morrem o tempo inteiro de formas trágicas por todo Brasil?
Milhares.
E qual é a diferênça?
A conta bancária, é claro.

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Voltando para putaria dos Budas ditosos.
acho de muito mau gosto aquela etápa do sexo em que você se limpa, se recompõe. Aquela etápa que já acabou o frenessi, a vontade louca e envolvente, que as respirações vão se aliviando, ambas juntas, até ser audivel somente uma, num ritmo sincronizado.
Pronto. Já deram 3 hoje, com juras de afeto e tudo.
Ufa.
Vamos assistir tevê um pouco. O que você acha?
Eu quero uma cerveja, mas primeiro eu vou limpar essa porra.
Ta. vai.. Toma um banho.

Gastou.

(Um banho juntinhos seria a solução, pois não?)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Se nada der certo.

(A foto é do meu camaradinha, Rick Van Pelt.)

... e Rajneesh não funcionar.

Atrás da gravura

(...) Atrás da gravura
nem sei do que se trata.
uns versos tristes que eu invento.
(nunca li os pensamentos)
atrás da gravura
e nem sei do que se trata
os versos triste que eu invento.

Portas.




Não existe, na minha concepção, uma outra referência ao meu quarto do que uma caixa verde de objetos souvenirs.
Quando me dou ao luxo do silêncio, posso ouvir muito nitidamente os cupins comendo a porta do meu quarto, e o chão coberto de madeira esfarelada da cor marrom. Cada dia limpava-se mais de um punhado de cupins que ficavam caídos no chão. Quando eu nasci essa porta já existia. Longa vida, minha porta! e que Deus não me desampare.
A porta que era toda enfeite de mulheres bonitas, fotografias em preto e branco das revistas de consultório ondontológico (esbanjando ar condicionado) rasgadas e roubadas por mim.
Só agora empresta o corpo para a cara manjada do Che e o meu socialismo fajuto. Na verdade mesmo, para não salutar, prefiro a ideia da famosa e também manjada fotografia que fez do cara que fotografou o Che um homem muito rico, esse sim é dos meus.
Sofri tanto quando as mulheres bonitas foram embora... mas, enfim.
Um olho grego pendurado no centro de um medonho filtro dos sonhos, que por sua vez se agarrava com um cordão na maçaneta da porta carcomida pelos cupins, e o modo que comia, caiam.
Aquela porta parecia um câncer.
Uma pilha de livros empilhados no canto e alguns erros de conduta, as madeiras podres, maricas, maricotas, maconha, portas de guarda-roupa, bitucas de cigarros, bucetas, uma tela.
Tem uma pintura que fica acima da minha cama cravada por um prego, uma tabúa pintada de preto, lisa e torta, que eu achei no pico do cocô.
O desenho era estrelado por tintas acrílica branca, e um céu de estrelas pontiagudas foi o que eu pintei.
No momento_porque eu sei que existe o pequeno momento em que as pessoas notam um formato de uma garrafa escrita Uísque no meio dos prédios nada detalhosos. (Somente, devo dizer, pela minha falta de paciência. Na melhor, e mais frustante das hipóteses, pela minha falta de sapiência.)
A partir dessa visão, os prédios não precisam ser nescessáriamente prédios, e sim garrafas estranhas de uma birita qualquer.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Se joga!


Eu gosto, entre outras coisas, até acho uma graça genial a idéia de um salto ornamental no ato de um suicídio, se for para morrer, que morra em grande estilo, eu quero morrer e ao morrer me agarrar o quanto puder ao meu deboche, (esse sim foi meu companheiro inseparável)
E isso é um sentimento involuntariamente egoísta, como tudo que parece meu,
é que nem fluido, suor, exala por partículas, situações pequenas em dia de calor,
Eu nunca conheci ninguém que tenha se enfeitado para morrer, do tipo, caprichar no batom no tom mais alegre, pintando a boca larga que sorri à prestações, mostrando seus dentes brancos como cocaína chinesa.

bem que eu gostaria de conhecer,
Comigo seria assim.
Se um dia eu pensasse em morrer.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ao vivo no Cabaret mineiro BH

Um palco, uma mulher gorda e escrota, uma dália, um copo cheio de uísque, e um guitarrista.

São esses o componentes de um show, tudo muito intimista, como sempre foi.

A cantora se chama Angêla Rô Rô, o guitarrista; Ary Ramos
segue o diálogo:



"Boa noite, obrigado por terem vindo, eu já vou abrindo o espetáculo confessando; sim, me entreguei a religião..."


alguém grita lá do fundo: Do alcool!


"Sim. Todas. Me entreguei a metafisica, mas fisica do que meta, tudo o que eu faço agora é pra Deus! As vezes eu não gosto, eu não aceito, mas a gente continua fazendo, enfim, e antes que alguém, de longe, me achando atraente, pense em ter uma fantasia sexual comigo, eu já declaro: é mera ilusão. Só nos resta viver, Ary Mendes."


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"Só nos resta viver... O negócio é o seguinte, a gente chega uma certa idade que a gente fica meio dúbia né? Uns dizem que a gente é jovem, outros não. hahaha, mas enfim, aí põe uma lista aqui com medo deu esquecer, cê entende? agora se eu tô caduca pra enxergar, eu não vou enxergar nem a lista... lógico que não! Isso coisa, é papo de 36 anos, quando a gente fica caduca mesmo a gente nem comenta, e eu não posso beber meu filho, que eu me lembro de tudo... ai, é um horror quando eu me lembro de tudo, foi tão traumatizante, tô me recuperando até hoje, ai, me tornei uma mulher nervosa, eu não eeera... Bom, em homenagem a todos os presentes, especialmente as mulheres nervosas, como eu. De Chico Buarque e Rui Guerra, Bárbara..


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Obrigada, muito obrigada. Eu procurei um lenço, mas não trouxe lenço, ninguém tinha lenço, eu trouxe uma meia, limpinha, que eu acabei de... comprar, novinha, é uma meia mesmo pô, cheira, sério. Mas é bom pra enxugar, melhor que o lenço, tanto olhado! (Pausa, funga com o nariz) Pra ser sincera, sabe de quem era essa meia? Eu não consigo ficar calada sem contar as coisas... Essa meia quem me deu foi o Fagner... depois que ele jogou com, com o Zico. (gargalhadas) numa... ah porra, eu não falo mais nada pra vocês, francamente, vocês maliciam tudo, ah, se não maliciaram era para maliciarem! Ó, o negócio é o seguinte... Aquela, aquela! Tem coisas na vida da gente... ai, por exemplo, essa cinta ta meio apertada, a cinta da Fafá de Belem, que eu peguei emprestada, é que ela emagreceu, ela emagreceu de tanto chorar em velório de politico, com todo respeito a terra, com todo respeito a terra! Aí ela não precisa mais, e eu peguei emprestada (Tosse irônicamente) Vamos parar de falar mau dos outros! Vocês hein! Vocês não tem um pingo de ética hein! O negócio é o seguinte, essa musica que eu vou cantar agora é uma daquelas coisas inexplicáveis... Olha eu segurando o vicio... que vergonha, laaarga. Mas o Caetano Veloso fez pra mim, e é tão bonita que eu canto, mesmo sem saber, que é uma musica que não tem nada haver com o repertório, não tem nada haver comigo. Então, de Catano Veloso: Escândalo.


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Eu disse que ela vinha, você me falou que ela não vinha, ela me disse que vinha, acho que ela não veio, tô tão insegura... acho que eu errei tudo até agora, vamos começar de novo? (imitando alguém) shoobedoo! eu tava falando com a Marina que o meu sonho era ter nascido com o corpo da Luisa Brunet.

E outro cérebro também, que tudo me encomoda, ôrra ôrrra, que destino! Mas, enfim. Que nada, é brincadeira Deus. Senão, avemaria, só de sacanagem ele me põe com o cérebro da Luisa Brunet, e o corpo da Margarete Itatia, hahahaha, não, não, eu tô brincando, pobrezinha da Luisa, a Luisa é uma pessoa ótima, ela não merece essa piada de mau-gosto (gargalhada). Olha que bagunça que ficou, isso aqui é um show gente, não parece não, mas é. O negócio é o seguinte, pra gente parar com a omissão, porque quando eu falo das pessoas, eu não me excluo da sociedade do sistema, e nem de todas as falhas humanas, obviamente eu não sou tão legal humana assim, então eu acho que a gente é muito omisso, a gente pega muito por omissão, porque quem faz barbaridades são poucos, são poucos que comandam a barbaridade, mas somos nós; muito, que dizemos amém pra elas, porque o negócio é o seguinte, todo mundo que sair, não quer.. se a coisa, a desgraça for longe, ta tudo bem, e eu fiz essa musica exatamente... (começando a chorar) porque eu sou uma burguesa arrependida, e... me preocupo muito com ecologia, sempre me emociono quando falam no veerde, nas plaantas, e nisso tudo nos pequenos animazes, e tudo, enfim. Quanto a omissão, Eu não!




sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Não julgue o livro pela capa."


Tava vendo uns livros da Adelaide Carraro, me divertindo.
As capas de suas obras literárias são a máxima do trash, e seus titulos então, de peso, e dramáticos, só perde para "Olhai os lírios do campo."
Vai crendo que eu perdôo por causa dos anos 60, ah, mas o que há demais no meu perdão?
Adelaide Carraro ta viva ou ta morta?
Eu sinceramente não sei, houve um bom tempo que a Nair já era morta, e eu crente que ela tava viva... a Nair Belo.
Eu julgo o livro pela capa sim, lógico, é embalagem, o convite. É claro que conta o nome do autor da obra, a estória do romance e tudo o mais, mas eu jamais pegaria no meio de tantos livros, um livro chamado "Olhai os lírios do campo". Não, não mesmo.
A Adelaide Carraro foi uma escritora que tinha base na polêmica, e ela era mesmo um rebú para aquela epóca pseudo-púdica.
Quando eu lia, raramente, minhas coisas pra minha mãe, ela sempre dizia que eu parecia com a Adelaide Carraro, que eu era erótico como ela.
Li Podridão e chorei no final.
O Estudante foi a pior coisa que ela escreveu.
Mas há quem goste.
"Mas não se mata cavalo?" esse é muito bom! Horace McCoy.
Vem cá, uma perguntinha, só para saber. Vocês, que também_ como eu, julgam o livro pela capa e titulo...
Compraria, ou se interessariam em ler um livro chamado A beleza de Gil?


Patrick Demarchelier


O fotógrafo das estrelas.
É super higth-society, sem deixar de ser muito bom.
Eu gosto.



enjoy the trip.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Dom apaixonado?



"Pobre coração, sempre escravo da ternura..."

Há três dias que essa musica não sai da minha cabeça... e o Fagner dando um show!

arrembenta coração;

Cigarros


Uns chamam de fininho de cadeia, outros chamam de bode, alguns de cigarros do jeca-tatu, mas é só fumo de corda.
Eu, particularmente, nunca gostei de maratá; os cigarros.
fede e é forte. não gosto.
Os cigarros de palha, Souza Paiol, é um cigarro mineirissimo, e é produzido totalmente de forma artesanal, foi criado por um matuto que não sabia enrrolar seus próprios pitos, e que pedia sempre para alguns amigos enrrolarem. Afinal, amigo é para essas coisas.
Ficou conhecido por toda Geraes, e parece que é cool no meio da higt-society mineira.
Eu gosto.
E gosto mais ainda da embalagem do maço, esse cowboy com todo esse jeitão, de Vuarnet na cara, blue jeens e canivete no bolso.
Me agradô.

Ai ô

Lendo Matéria de memória do Cony, quando escuto os dois segurança da biblioteca comentando com as duas bibliotecárias:
"Olha só, dois livros, deve ser o mais procurados..."
"Saiu daquela ultima janela ali... tava no chão, os dois."
"Como assim? Jogaram os livros pela janela?"
"Óbvio. Para quando anoitecesse, pularem o muro da biblioteca, dá a volta por trás e surrupiar os livros. espertinho esse ladrão."
"Eu acho que foi aquele neguinho de cabelo crespo que ficou aqui ante-ontem mais de uma hora, e não levou livro algum..."
¬¬
O afilhado de Gabo, de Armando Avena. e O ultimo verão de Copacabana de Sônia Coutinho.
Eu mereço...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

As minhas preferências.

Café Maratá, The Velvet Underground, Amsterdam ou Camboja, sacações, sátiras, Dry Martines e absinto com cerveja, pinã colada também vai, e a vigança de rasputim também.
Rita Lee, Angela rô rô e Elis Regina.

Nan Goldin e Diane Arbus enchem meus olhos.
Aldols Huxley, Hilda Hilst e Sônia Coutinho.

Humor negro.
Calçados Carnello.
Preservativos Involve, porque Involve devolve o prazer.

Patinar na lama escrevendo numa Olivetti Lettera 82
Não assisto muito filmes, mas cito o Fellini e o Kubrik, adoro a imagem do vintage.
Prefiro maconha a cocaína. Vinho a uísque. Lança perfume a benzina.

Sempre quis ter uma rural verde e branco e cigarros John Player.
Dos psicopatas, eu curto o Jeffrey Dahmer.




Buena Vista Social Club.


A ideia toda, e diga-se de passagem, a maravilhosa ideia de reunir gênios cubanos como o Manuel Puntillita Licea, Compay Segundo, Rubén Gonzales (quero aprender piano), Imbrahim Ferrer, Pío Leyva e Anga Díaz, foi do guitarrista americano Ry Cooder.
Quando se apaixonou por uma fita da banda, uma fita que chegou em suas mãos por ordem de terceiros. Ele e sua mulher então partiram para Havana nos anos 70 procurar os musicos, fracassaram na tentativa, pois estavam todos espalhados por aí.
Foi então, que anos mais tarde, com a mesma ideia adormecida, e por isso não menos obstinada, que Ry Cooder correu novamente atrás, e no ano de 1998 mais ou menos, conseguiu reunir essa galera toda.
Estavam todos velhos já, e a banda já era lenda.
Fêz-se o documentário, que aliás, concorreu ao Oscar, um disco revival, que se tornou uma obra prima internacional, e mais um show numa das casas mais importantes de Nova York, o Carnegie Hall. Se deram bem.
O album do Buena Vista Social Club está disponivel nesse blogue aqui: http://360grauss-mp3.blogspot.com/2007/03/360gruassdivesos_16.html
É só procurar.
O Imbrahim Ferrer faleceu em 2005, e os outros devem está a caminho.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Me gusta!


Se sempre foi de seu interesse conhecer Havana, e nunca teve dinheiro para tamanho propósito.
Só lamento.
Mas, confie nos seus olhos e conheça Havana assistindo um documentário produzido em 1998, lá em Cuba.
é um documentário de uma banda da década de 40, chamada Buena Vista Social Club.
Muito boa, lembra do ´Dos gardenias para ti, con ellas quiero decir, te quiero, te adôro...'?

Então, o Ibrahim Ferrer canta muito bem.

O documentário é de um diretor alemão, Wim Winders, é nostalgico e alegre, é poético. Fiquei encantado, aliás, fico sempre encantado com as pessoas que ficam com os olhos brilhando quando se recorda de algo bom.
O que sei sobre Havana é que o tempo não passa por lá, que as pessoas são humildes, que o mar é bravo, o lugar é lindo, tem muito negro, eles cutuam São Lázaro, e os carros antigos_ que aqui no Brasil viria a ser um tipo de honestidade, de tão raro que é._ Ficam por aí estacionados.
Uma beleza de lugar!

e olha que eu nem precisei ler a Trilogia Suja de Havana...






terça-feira, 1 de abril de 2008

As mais diversas faces.

Eu estava justamente procurando por iconografias do Stanilaviski, quando eu encontrei vários rostos do mesmo.
É como se cada expressão, cada semblante fosse um personagem. Claro, que tudo isso fiél ao decorrer das décadas, mas muda muito.
Se eu fosse um escritor de muita imaginação e de paciência para longos trejeitos, ele seria o meu instrumentos de trabalho.






O Planejado.

Me dano por não dar certo o planejado.
o planejado de ter ver
e assim morrer mais um dia
como um batom que vai perdendo a cor
nos lábios das mulheres pilantras
e tão pouco desejáveis pelas mulheres
dos marido cafagestes.
Tão tolos como meu pai, que bebericou agua de menstruação e se coziu.
Como o amor acorrentado numa atitude de higiene escassa
coisa de gente porca, que não sabe amar, que não sabe jogar limpo.
Coisa de quem não é semideus,
oh
e de quem não é tratado como eu.
Me dano pelo planejado que não vingou,
e a promessa que deu certo.
Como se hoje eu fosse morrer e te ver fosse um bálsamo
uma nescessidade fisiológica que não dá pra segurar.
Um carinho, uma migalha que eu seguro com as duas mãos para não correr o risco de cair
e eu ter de pegar do chão,
numa deselegância coerente daqueles que pensam que o que não mata
engorda.
O planejado era te ver,
e os dois ônibus passar levando a passageira que é a ultima que morre.
E eu corri esbaforido, quase cair machucando meu joelho. (a rasteira do conhaque.)

Com os meus passos que criavam musicas,
como um original aspirante a percussionista,
inventando sons em seu banjo,
ofegando paixões em forma de suor, e os olhos cheios de ânsia,
o sacrificio que não é de brincadeira, e a verdade que não vale o esforço.
Parei. Partir.
Oferta e demanda são as mesmas coisas.
E o ato politico de ser generoso só funciona com o suborno.
e suborno é como dar carinho, ajudar em algo, ser legal.
o primeiro grande amor, vem com a primeira corrupção.
Desolado ouvindo o batuque do meu passo
inspirado num pandeiro, desenhei um compasso e criei uma melodia
quando passaram mais dois ônibus que eu poderia ter pego se me diciplinasse.
e corri, ainda podendo ver passar mais dois ônibus.
De dois em dois, eu fico mais um.
O planejado não vingou, e eu queria ter você hoje, com qualquer humor
sempre perguntando por outros...



De você
as migalhas que recebo.
por gratidão.

Kurt Vonnegut.


Eu tô me preparando para dar um grande golpe na biblioteca da cidade. Mas isso é segredo.

Ontem de tarde eu fui visita-la, fui ver uns livros, só vê mesmo e dar uma lida rápida, já que eu não posso pegar mais livros lá, porque estou com o nome sujo. Ainda bem eles não se lembram mais de mim.

Enquanto eu tentava meter nas calças Tulipa Negra, do Alexandre Dumas, que... bom, me chamou atenção pelo estudo cientifico das Tulipas. A bibliotecaria vinha com um papel na mão procurando A revolução dos bichos do Orwel, para uma aluna. E eu o ajudei a achar, e fui chamado de benção por ela, enquanto eu concertava o livro entre o meu pau e minha virilha sem que ela percebesse.

Um dia, ano passado, uma bibliotecária velha e cinica me viu roubando um livro da escola, ora, ninguém lia mesmo. Ela viu e veio até a mim e disse:

"Você roubou. Você sabe que você roubou o livro..."

Mas resolvir não passar recibo e virar a situação, até que ela recuou com medo, não o medo da possibilidade do livro não ser encontrado realmente na minha mochila_ela me viu roubando e não era louca. Mas sim o medo da esperteza que eu já tinha, de eu ter colocado o livro em outro lugar para me livrar, e ela ficar com a calunia contra um aluno.
Daí, derrepente me tratou como um cristal.
Foi melhor pra ela.

Mas ontem, depois de ter dessistido de Tulipa Negra, somente porque me trouxe brotoejas na parte genital, na sessão de ficção-norteamericana, fiquei entre dois livros muito bons.

Um era do Henry Miller, O tempo dos assassinos, que eu ainda não li. e o outro era do simpático Kurt Vonnegut Romance Pastelão ou solitário nunca mais.

Mais uma vez, uma escolha.

Acabei optando pelo fino humor negro do Vonnegut, porque eu não tava com tolerância de ver o Henry Miller puxando o saco do Rimbaud.

na boa, bicho.

e por falar em saco... Eu nunca tive muito saco para ler o Pedro Juan Gutiérres (a la modinha dos sebos).

Garoto ultimo tipo.

Adoro o modo que ele guarda o maço de cigarros na camiseta.

Depois que inventaram não, depois que eu descobrir o mp3 (mp4, 5, ipod..), eu tô mais ausente que nunca. A retrospecto dos outros e o fino trato social, bem, eu economizo.


Não quero parecer um neurótico tedioso, acho no fundo tudo isso muito divertido, na maioria das horas. Poder escutar Sunday morning quando não liga para quimica sempre foi uma opção.


O jack Nicholson é um tipão, e dos meus. Assisti Um estranho no ninho do Milos Forman, e achei muito foda o cara, novinho novinho com um sorriso cinico, uns movimentos de puro escarninho, e um ar de deboche que muitas vezes é virtude do ator. É o caso do olhar do Bóris.


O Jack Nicholson não só seria o garoto ultimo tipo da estória, como eu gostaria mesmo era de ser o próprio Randle McMurphy! Para mim, uma das maiores interpretações da estória do cinema.

O filme foi dirigido nos anos 60, e eu adoro os sanatórios inglêses da decáda de 60, lá se podia fumar cigarros a vontade. Eu passaria numa boa uma temporada no hospicio, claro que hospicio daquela epóca, onde os loucos eram mais divertidos.


Finalzinho de filme sem pipoca e repartição de gestos inventados.


Fiquei de escolher entre o O Iuminado, com o Nicholson novamente, ou o Driving Miss Dayse, com Jessica Tandy_a velha mais charmosa do mundo, eleita por mim.


E o Morgan Freeman, o Deus do Todo Poderoso.

Não hesitei em escolher, lógico, O Iluminado, mas acabei assistindo o Driving Miss Dayse, somente por escolha de duração, o filme de menor duração automaticamente ganharia, pois a pressa se punhava posta.

Um filme muito bonito do Bruce Beresford, sobre amizade e convivência, e sobre a velhice também.

Ambos os filmes assistidos aquela noite era sobre a adaptação com o próximo, generosidade, loucura, convivio com os pares.

Num filme, uma velha judia rabugenta. No outro, um zombeteiro esperto, e entre todas as coisas, uma pessoa humana.

A gente não sabe, mas essas coisas influenciam o resto do dia.
ta ruim, ta ótimo, ta ruim, ta ótimo, ta ruim, ta ótimooo.

Gerações de crianças em tubos de ensaio.


A intenção toda era me salvar, desde o principio, desde o acordar de todos os dias direcionados a mim, e somente a mim mesmo.

há um horror nisso tudo, eu sei. vê todo mundo correndo, se posicionando na vida, e você continuar parado,

não me reconheço mais, não naquela ideia prolixa dos estudantes de filosofia e o seu roteiro existencialista sempre igual, como se fosse script de uma novela do Manoel Carlos, sempre o mesmo assunto, sempre as mesmas perguntas, sempre, todos eles a procura das mesmas respostas, daí partimos para Aristóteles, Socrates e Platão, e Epicuro que é bão... nada.
"o modo de produção escravista na grécia antiga permitiu a elite local passar o tempo livre filosofando e dando a bunda."

Não gosto de conversar com gente muito efusiva, gente calada demais até dá para tirar seu saldo positivo de que nem tudo é perfeito na vida, não gosto de gente que cria mal estar nas situações, e não admite que aquela sensação beira toda vez a imundice, ao sufoco!

ah, se fosse todo esse sufoco granulado, seria mais fácil de engolir.

Mas a questão é que não dá, e quem não gostou que reclame com quem está por trás das regras das conspirações, é pra lá que eu vou!. Talvez um preconceito, quem sabe até não, só me falta paciência. mas prefiro ficar longe dos adolescentes, adolescentes tipo aquela garota de 15 anos que esteve hoje no programa do Jô, a Malu Magalhães.
O fato dela ter a voz que muito lembra a do Bob Dylan, veja bem, eu disse "lembra" , e conhecer muito bem o Cash, são fatos que a salvam.
E só.
O resto é só babaquice de quem ainda não faz sexo.

Estudantes de filosofia também não se salvam da minha santa indurgência.

Não que eu me tome pela mesma peróla da porca da Geruza, a mulher das anfetaminas de alguns posts abaixo, ah vá lá que ela é bem gostosa, mas muito superficial no que eu ainda não entendo, a maturidade que se renova com as plásticas, os botox´s da vida, e ela dizia, quando não quebrava todas as taças num escandalo diluviano de birita e axé_ quando queria mostrar todo seu desprezo por alguém sendo egoísta, escondendo sentimentos verdadeiros entre cacos de taças de vidro, na parede, atrás da porta.

Dizia Geruza, trajada de veludo, mais parecia um cão abanando o rabo em festa_ que era uma mulher moderna, ora! Que é uma mulher, que além de tudo é comunista, que trabalha, que toma conta das crianças, que não tem tempo de ficar discutindo Nietzsche, Falkner, e outros tantos pedantes em sua fiel concepção, que não precisa saber_e que também não nescessariamente poderia ser_ que o Cartola escreveu o Mundo é um moinho para a filha dele. Que poupasse ela!

Pobre Geruza... desse jeito nunca vai conseguir descobrir que um dia foi a cópia fiel da velha Cunegundes.

não sei se Voltaire defendia justamente a ideia de que os fins justificam os meios, mas otimismo e pessimismo é nó que a natureza faz, e é questão de genética mesmo, é como virtude e defeito, ou você tem ou não tem.

e otimismo, para Voltaire, é uma força gravitacional que tem influências milagrosas para o fim de cada ato.

Fiz de cada momento um momento de agrado, calculei, esquematizei, e fiquei feliz que metade das coisas deram certo, exceto algumas firulas, paixões mal saradas sabe como é? é tipo chiclete velho grudado na sola do sapato, ta bom, deixa eu parar com metáforas vagabundas, se é que há as que se salvem.

É aquele tipo de fé na paixão, na paixão descarada que você se arrembenta inteiro e que era moda em 63, na fé de que cada segundo ao lado de quem ama seria um chumbo de poesias enganosas. Mas isso é a parte doce do chiclete.
Pior é o estrago, a beleza que você não mais vê no outro, e o interesse que você não mais sente por ninguém, essa graça que você não mais sente por aquela que quase te matou ta colada no meu sapato como chiclete, pode ser um livro emprestado, um oculos, qualquer coisa, uma porta entreaberta, ou as desculpas que já não dar mais pra engolir.